terça-feira, 4 de outubro de 2022

Bolsonaro relata telefonema com Sergio Moro e união para 'livrar' o Brasil do PT: 'Será um grande senador. O passado é passado'


O presidente Jair Bolsonaro participou de um pronunciamento ao lado do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, reeleito no primeiro turno, no qual o governador manifestou seu apoio à reeleição de Bolsonaro. Castro lembrou que já era apoiador de Bolsonaro e disse: “não tinha como não vir aqui e tentar me esforçar muito para o Rio ser a capital da vitória do presidente Bolsonaro”.

Quando os dois governantes respondiam a perguntas da velha imprensa, Bolsonaro anunciou, ainda, uma nova fase em sua relação com Sérgio Moro, ex-ministro da Justiça, ex-juiz da Operação Lava Jato e senador eleito pelo Paraná: “Sérgio Moro não falou diretamente em apoio. Foi uma conversa bastante amistosa. Apaga-se o passado, qualquer divergência porventura ocorrida. Sérgio Moro mostrou o que era a corrupção no Brasil, levando dezenas de pessoas a condenações. Moro vai continuar, no meu entender, agora, como senador, trabalhando desse lado, assim como o Dallagnol declarou, publicamente, apoio à minha reeleição”.

Nesta toada, o chefe de Estado prosseguiu: “Todos nós evoluímos. Eu, mesmo, errei, no passado, em alguns pontos. A gente evolui para o bem do nosso Brasil. Não posso querer impor minha agenda pessoal. Cláudio Castro já interferiu, em algum momento, conversando sobre como eu deveria me posicionar. Se erramos, pedimos desculpas. Não temos compromisso com o erro e vamos evoluindo. Tenho certeza de que o Sérgio Moro será um grande senador aqui em Brasília, assim como o Dallagnol. Está superado. Tudo. Daqui para a frente, será um novo relacionamento. Ele pensa no Brasil e quer fazer um trabalho para o seu estado. O passado é do passado, não tem contas a ajustar. Nós temos é que nos entender cada vez mais pela nossa pátria”

Dessa maneira, Bolsonaro pontuou: “Ele, quando chegou aqui, não tinha nenhuma experiência política e, talvez, isso tenha contribuído para alguns deslizes. Hoje em dia, o passado faz parte do passado. Não tenho nada desabonador para criticar o Sérgio Moro ou o Dallagnol, muito pelo contrário”. 

Questionado a respeito de sua relação pessoal com o ex-ministro da Justiça, Bolsonaro asseverou: “Com o Moro, tivemos uma conversa tranquila. São pessoas que sabem da responsabilidade para com a sua Pátria. Nós dois sabemos muito bem dos riscos que o Brasil corre com a possível volta da esquerda. Não queremos rememorar um período de 14 anos em que a corrupção foi a máxima nos governos do PT. Ele vai fazer um trabalho dentro do Parlamento, pretendo conversar pessoalmente com ele quando ele assumir. Temos diferenças, mas, no grosso, convergimos para o mesmo ideal”.

Pelas redes sociais, o senador eleito Sérgio Moro declarou apoio ao presidente. Moro disse: “Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia. Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, o apoio para Bolsonaro”.

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