O deputado federal Marcel van Hattem publicou, pelas redes sociais, uma das cartas escritas por pessoas que foram presas em massa a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Na carta, uma senhora relata que chegou a Brasília na noite do dia 8 e foi se refugiar no QG por considerar que era um lugar seguro. Assim como centenas de outras pessoas, essa senhora está presa há mais de 45 dias.
Leia a carta:
O deputado disse: “Carta que recebi de presa na Colmeia. Alega, como foi o caso de muitos, que foi presa na manhã seguinte às depredações, tendo chegado a Brasília apenas na NOITE de domingo. Que Justiça é essa que prende alguém assim "em flagrante" e mantém presa essa pessoa há mais de 40 dias?”
Pelas redes sociais, o deputado também ironizou outra frente de perseguição política, o “grupo de trabalho” criado pelo governo Lula, com representantes da extrema-esquerda, para perseguir e censurar opositores nas redes sociais. Marcel Van Hattem compartilhou o texto do deputado estadual Felipe Camozzato, que afirmou: “Comunismo contra ódio e extremismo é obviamente uma piada de péssimo gosto”.
Ouça o texto de Camozzato compartilhado pelo deputado Marcel Van Hattem:
“O comunismo, o nazismo e o fascismo são as fontes mais cristalinas do discurso de ódio. Como se diz no ditado popular, estão querendo colocar as raposas a cuidarem do galinheiro. Em vez de pacificar o país como dizem que farão, no discurso, estão acirrando os ânimos a cada dia que passa ainda mais.
Hoje foi publicada no Diário Oficial da União uma portaria que institui o grupo de trabalho para apresentar ações de "combate ao discurso de ódio e ao extremismo".
Chama a atenção que a presidência do grupo ficará com uma integrante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), uma das siglas brasileiras de extrema-esquerda, que nunca pregou moderação, mas é reconhecido por seus discursos que dividem a sociedade e veneram ditaduras e ditadores.
Qual "ódio" será combatido é a grande questão. Afinal, quem acompanha política há algum tempo sabe que, para a esquerda, tudo é válido contra os inimigos. Mentiras, exageros e caos sempre fizeram parte do seu arsenal para destruir com quem pensa diferente.
Já para os aliados - que, aliás, são profissionais na arte do extremismo - é feita vista grossa. Toda violência, incluso aqui casos de machismos e homofobia, é jogada para debaixo do tapete.
E assim vamos caminhando para o fim da liberdade de expressão e a instauração do pensamento único...
Ou estou errado?”
O deputado estadual acrescentou: “Próximo passo é colocar o Boulos no grupo de defesa da propriedade”.
Van Hattem lembrou que, desde o primeiro dia de mandato, se colocou na oposição ao presidente Lula e desmentiu as fake news do governo. O deputado disse:
SOU FIRME OPOSIÇÃO A LULA E AO PT DESDE O PRIMEIRO DIA DE MANDATO
Já no primeiro dia de votações desta nova legislatura da Câmara dos Deputados atuei como me comprometi desde a eleição de Lula: ser a oposição mais dura que Lula e governos petistas já enfrentaram. Vou desmascarar todas as fake news que tentarem disseminar, defenderei o Estado de Direito enfaticamente e farei de tudo para que projetos que sejam prejudiciais ao nosso país não prosperem no plenário e nas comissões da Câmara dos Deputados. Conte comigo para evitarmos um mal ainda maior para o Brasil. Acompanhe um resumo do primeiro dia em plenário deste meu segundo mandato.
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas que apenas têm um discurso diferente do imposto pelo cartel midiático vêm sendo perseguidos, em especial pelo Judiciário. Além dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, também o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, criou seu próprio inquérito administrativo, e ordenou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como Bárbara, do canal Te Atualizei, e a Folha Política. Toda a receita gerada pelo nosso jornal desde 1º de julho de 2021 está bloqueada por ordem do TSE, com aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Há mais de 19 meses, toda a renda do nosso trabalho vem sendo retida, sem qualquer previsão legal. O inquérito já está no terceiro relator, Benedito Gonçalves, que mantém vigente, dia após dia, a decisão que tira o sustento de famílias e empresas.
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