O ex-presidente Jair Bolsonaro divulgou, pelas redes sociais, trecho de entrevista que concedeu à velha imprensa, quando afirmou que pretende voltar ao Brasil no próximo dia 30, pela manhã. O ex-presidente falou de diversos temas, e afirmou que volta ao Brasil para “manter de pé a bandeira do conservadorismo”.
Bolsonaro defendeu a instalação da CPMI, apontando a necessidade de esclarecer os fatos do dia 8 e mencionando as possíveis ligações com os ataques criminosos que vêm se avolumando pelo país. O ex-presidente disse: “lamento os episódios do dia 8 de janeiro. Mas, pelo que levantamos, (...) foi uma armadilha feita pelo governo, tanto é que o atual presidente não quer CPMI. Quando houve o episódio, no dia seguinte ele falou que queria a CPI. E me acusou”.
Bolsonaro sugeriu: “vamos abrir a CPMI para ver até onde vai a minha responsabilidade, ou a dele. Me acusam de omissão. Ele, no meu entender, tem ação nesse episódio do dia 8. Mas deixemos que a CPMI revele isso aí”.
Questionado sobre a operação que desmantelou uma quadrilha que pretendia atacar o senador Sérgio Moro e outras autoridades, Bolsonaro comentou: “Eu acho uma tremenda coincidência, se bem que, quando se fala em inteligência, não existem coincidências. Ontem, o cara falou que gostaria de ferrar o atual senador Sérgio Moro”.
O ex-presidente apontou que há indícios da participação do PCC e disse: “Entra o PCC nessa história. Deixo claro que o MP-SP havia decidido que o Marcola deveria sair de SP. Quando eu assumi, eu botei isso pra frente, junto com o Sérgio Moro. Primeiro, mandamos ele para Brasília. Depois, nossa inteligência apontou que ele poderia ser resgatado. Fizemos uma GLO em Brasília e mandamos para Rondônia. Depois das eleições, depois do candidato conversar com lideranças no “complexo” lá no RJ, o Marcola acabou voltando para Brasília”.
Bolsonaro disse: “A gente começa a botar na mesa tudo que temos pela frente, e há uma preocupação muito grande. A questão do Mais Médicos, grande parte são agentes cubanos. Alguns integrantes das Vespas Negras, as forças especiais cubanas, e ele está trazendo para cá. A ida do ministro da Justiça e Segurança Pública ao complexo da Maré é uma coisa que você tem que botar no radar, também, bem como o “salve” lá no Rio Grande do Norte, com reflexos em Caxias, no RJ. A gente fica preocupado com tudo isso aí. E qual é o quadro? Obviamente, eu tenho os meus questionamentos do que seria isso, mas, como eu não tenho provas, não poderia ser leviano e divulgar isso aí”.
O ex-presidente afirmou: “Creio que a CPMI vai trazer muita coisa à tona, porque tem a ver uma coisa com a outra. No meu entender, estão interligadas. E a gente quer preservar o que sobra da nossa democracia no Brasil, porque nós não vivemos plenamente a democracia no Brasil, e isso é verdade a partir do momento em que não temos liberdade de expressão”.
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas que apenas têm um discurso diferente do imposto pelo cartel midiático vêm sendo perseguidos, em especial pelo Judiciário. Além dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, também o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, criou seu próprio inquérito administrativo, e ordenou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como Bárbara, do canal Te Atualizei, e a Folha Política. Toda a receita de mais de 20 meses do nosso trabalho está bloqueada por ordem do TSE, com aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin.
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