Em live transmitida pelas redes sociais, a deputada Júlia Zanatta relatou que estava a caminho do presídio feminino de Brasília, conhecido como Colmeia, para visitar as mulheres que foram presas em massa a mando do ministro Alexandre de Moraes. Ela lembrou que os cidadãos pedem aos deputados que lutem pelos patriotas que foram presos injustamente.
A deputada lembrou que, em um dado momento, era difícil até falar sobre as prisões e outros excessos. Ela disse: “era um assunto proibido na Câmara dos Deputados. A esquerda estava dominando esse assunto, chamando todo mundo de ter***, e as pessoas estavam assustadas. Mas nós estamos trazendo a verdade à tona. Pessoas inocentes presas”.
Zanatta explicou que, hoje, 150 mulheres estão sendo soltas, e disse: “nós não vamos parar, para mostrar a injustiça que foi feita. CPMI do dia 8 de janeiro vai mostrar quem de fato está por trás. Cada dia mais, eu tenho certeza de que a esquerda tem culpa no cartório, porque eles estão fazendo de tudo para barrar a nossa CPMI”.
A deputada lembrou: “ninguém pode mensurar a dor, o trauma de inocentes que foram presos. Mulheres, homens, que estavam no dia aqui em Brasília, que nada têm a ver com o vandalismo, com a depredação do patrimônio público, que sequer foram no dia lá na praça dos Três Poderes. Estavam nos QGs, e inocentemente entraram em ônibus, sendo enganados”. Ela acrescentou: “essas coisas precisam ser esclarecidas para a sociedade. Nós não iremos nos calar nem nos amedrontar”.
Centenas de homens e mulheres continuam presos, sem individualização de condutas, sem provas de culpa, sem acesso à defesa nem ao devido processo legal. Além das centenas de pessoas presas em massa, outras milhares de pessoas sofrem restrições às suas liberdades ou têm seu patrimônio subtraído em medidas abusivas, pois o Senado, sob o comando de Rodrigo Pacheco, se recusa a cumprir seu papel constitucional de promover o controle dos atos de ministros das cortes superiores.
O ataque a cidadãos e empresas privadas, desrespeitando direitos e garantias fundamentais, tem se tornado cada vez mais comum, em especial em inquéritos conduzidos nas altas cortes do País. Sem justificativa jurídica, o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, decidiu confiscar a renda de sites e canais conservadores, para destruir empresas privadas das quais discorda. A decisão, que incluiu a Folha Política, confisca todos os rendimentos advindos do Youtube, e teve o apoio e aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Toda a renda de mais de 20 meses do nosso trabalho está sendo retida sem qualquer justificativa jurídica. “Marcar” pessoas e fechar empresas por motivações políticas são atitudes que já foram observadas na História, mas nunca em democracias.
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