Em pronunciamento durante sessão do plenário da Câmara, o deputado Alfredo Gaspar denunciou e lamentou fatos relativos ao Judiciário brasileiro, que vê desmanchar-se o combate à corrupção e ao crime organizado. O deputado disse: “Tempos difíceis estes que nós estamos vivendo. Os partidos da Esquerda têm trabalhado muito, têm trabalhado, por exemplo, para devolver o dinheiro de empreiteiras corruptas que se uniram lá no Supremo Tribunal Federal. Eles se uniram para devolver mais de 6 bilhões de reais a empresários corruptos. Eles se uniram para que as empreiteiras que devem bilhões ao Brasil não precisem pagar pelas ações de corrupção. O PT e o Instituto Anjos da Liberdade se uniram para devolver visita íntima a grandes criminosos chefes de facção, como Fernandinho Beira-Mar e Marcola. O PT se uniu com os seus aliados da Esquerda para dizer a este País, infelizmente, que combater o crime e a corrupção não vale a pena”.
O deputado mencionou os últimos eventos relacionados à Lava Jato, como a escolha de um juiz com vínculos abertos ao partido de Lula, e a “reabilitação” de um acusado para transformá-lo em testemunha. Gaspar disse: “Desde sempre nós sabemos que o sistema é bruto, e no Brasil o sistema está mais bruto ainda”.
Alfredo Gaspar afirmou: “A corrupção do Judiciário, a corrupção do Legislativo e do Executivo deram as mãos e neste momento estão cantando vitória, mas nós brasileiros e brasileiras decentes, que ainda acreditamos em uma luz no fim do túnel, não deixaremos estes corruptos vencerem”. O deputado alertou: “Nós precisamos nos rebelar. Precisamos enfrentar este sistema”.
O deputado rebateu declarações do ministro Gilmar Mendes, dizendo: “eu respondo ao Ministro do STF que deu uma entrevista esta semana dizendo como é que se fez concurso para permitir que o Sérgio Moro virasse juiz federal. E e eu respondo, com a mão no peito e com uma dor danada: como é que este País permitiu que determinados Ministros sentem na cadeira sagrada da Constituição lá no STF?”.
O Brasil já se acostumou a investigações e punições seletivas, em que criminosos condenados são libertados por questões processuais, enquanto inocentes são punidos em grupo. No Supremo Tribunal Federal, o ministro Alexandre de Moraes conduz inquéritos sigilosos contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um desses inquéritos, a sede da Folha Política foi invadida e todos os equipamentos do jornal foram apreendidos. Após a Polícia Federal atestar que não havia motivos para qualquer indiciamento, o inquérito foi arquivado a pedido do Ministério Público, mas o ministro abriu outro inquérito de ofício e compartilhou os dados do inquérito arquivado. Atualmente, a renda do jornal está sendo confiscada a mando do ministro Luís Felipe Salomão, ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, em atitude que foi elogiada pelos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin.
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