Durante sessão do plenário da Câmara, o deputado Reimont acusou de “cinismo” e “farisaísmo” os deputados que defendem direitos humanos e se manifestaram contra as prisões em massa ordenadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O deputado Reimont disse: “quero sugerir ao deputado Van Hattem que ele peça ajuda ao deputado Dallagnol, faça um powerpoint e peça para ser divulgada essas denúncias que ele fez”, referindo-se às sérias denúncias feitas pelo deputado. Reimont acrescentou: “vamos deixar de cinismo, vamos deixar de farisaísmo”.
O deputado Marcel Van Hattem pediu a palavra e apontou: “eu não conhecia o deputado Reimont, vi que ele tem até uma formação teológica, e me chamou de cínico, de fariseu…completamente inadequado, tampouco me conhece. Acho que faço melhor, aqui, em abrir mão da contradita, e sugerir ao deputado Reimont que reflita sobre o que tem feito e se está de acordo com os princípios que ele mesmo diz professar”.
Em seu discurso anterior, Van Hattem havia denunciado crimes de abuso de autoridade e pedido o restabelecimento do estado de direito.
Nos últimos anos, até a liberdade de culto foi duramente restringida no Brasil, assim como diversas outras liberdades, em especial a liberdade de expressão, que é a base de qualquer democracia. As pessoas viram seus direitos de ir e vir, de trabalhar, de se expressar, de se informar, e de se manifestar, entre outros, serem suprimidos. Cidadãos e empresas são perseguidos em inquéritos secretos e sofrem com medidas abusivas como prisões, buscas e apreensões, censura, bloqueio de redes sociais, e até mesmo confisco de propriedade.
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