Da tribuna da Câmara, os deputados Otoni de Paula e Carlos Jordy questionaram os motivos e as circunstâncias da visita do ministro de Lula, Flávio Dino, ao complexo da Maré, no Rio de Janeiro.
O deputado Otoni de Paula considerou a visita um escândalo, apontando que Flávio Dino, assim como o próprio Lula, entra em áreas dominadas pelo crime organizado sem qualquer tipo de escolta. O deputado afirmou que o ministro deverá ser convocado a prestar esclarecimentos à Câmara dos Deputados.
Otoni de Paula ironizou: “Ele não falou sobre desarmamento. Ele não falou sobre cadastramento de arma, porque ele só é macho para falar isso com o povo, com o chefe de família que tem a sua arma em casa para proteger a sua família, mas não mantém o mesmo discurso com os vagabundos que estão comandando o tráfico no Rio”.
O deputado Carlos Jordy, por seu turno, afirmou: “Eu sou do Rio de Janeiro, tentem ir a uma comunidade, a uma favela, da forma que ele foi: sem ter segurança, sem ter um comboio de pessoas armadas que representem o Estado. É uma demonstração daquele tipo de gente que tem um fechamento com o tráfico ou um diálogo cabuloso com o mesmo”.
O deputado disse: “É óbvio, todos do Rio de Janeiro sabem que se chegar a uma comunidade sem se identificar, será recebido à bala. Ele chegou daquela forma, porque mantém relações com os líderes do tráfico. É por isso que nós vamos convocar o Ministro Flávio Dino, na Comissão de Segurança Pública, assim como a Ministra, aliás, a milícia do turismo, por sua relação com a milícia da Baixada Fluminense. Esse é o desgoverno que não é só o retrato da corrupção, mas também o retrato da bandidagem”.
Enquanto o governo Lula valoriza o “diálogo” com certas lideranças, cidadãos inocentes são punidos sem devido processo legal, em inquéritos abertamente políticos conduzidos nas cortes superiores. Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas que apenas têm um discurso diferente do imposto pelo cartel midiático vêm sendo perseguidos, em especial pelo Judiciário. Além dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, também o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, criou seu próprio inquérito administrativo, e ordenou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como Bárbara, do canal Te Atualizei, e a Folha Política. Toda a receita de mais de 20 meses do nosso trabalho está bloqueada por ordem do TSE, com aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin.
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