Após o ministro de Lula, general Gonçalves Dias, apresentar um atestado médico para não comparecer à Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados e ir aos estúdios do grupo Globo para conceder entrevista, a deputada Carla Zambelli reprovou a conduta do ministro, relacionando-a à divulgação das imagens que mostram o general interagindo com invasores no dia 8 de janeiro, e defendeu sua prisão.
A deputada enfatizou que, após a divulgação das imagens do general, o Gabinete de Segurança Institucional divulgou uma nota em que diz que a conduta das pessoas no vídeo está sendo apurada e que, segundo a nota, os culpados serão responsabilizados. Zambelli comentou: “sempre tentando culpar e responsabilizar aquela pessoa que não tem cargo, que está lá embaixo, que não é vista, para poder encobrir os crimes de quem está em cima”.
Carla Zambelli lembrou uma série de circunstâncias relativas aos vídeos, com indícios de manipulação pelo governo, e afirmou: “Todos aqui estão falando da demissão do Ministro, dizendo que provavelmente não vai mais estar no cargo, mas, na verdade, a culpa nem é dele. A culpa é de quem está acima dele, o Lula. O Lula já sabia de tudo isso. Foi ele que mandou o Ministro do GSI abrir passagem para as pessoas, foi ele que pediu ao MJ que só ficasse assistindo da janela, foi ele que provavelmente conversou com o STF para tirar a segurança, para permitir a entrada por lá.”
A deputada afirmou que pedirá a prisão do general, dizendo: “nós vamos pedir hoje a prisão preventiva do Ministro Gonçalves Dias, porque, apesar de não ter o domínio da informação, apesar de ser um boi de piranha, agiu para que as pessoas pudessem entrar no Planalto. Imaginem só, o sombra do Lula, o guarda-costas do Lula por 8 por anos, o homem de confiança do Lula está sendo entregue como boi de piranha”.
Nesta toada, a parlamentar ressaltou o cometimento de crime por parte de Lula: “Isso tudo só mostra que o Lula, de posse da informação da ABIN, cometeu o crime de responsabilidade por atentado contra a democracia. Lula tem o domínio do fato e tem que ser impichado por conta dos atos vazados hoje”.
Diferente de cidadãos que estavam em Brasília no dia 9 de janeiro, o general de Lula não foi preso. Para que conservadores sejam presos ou sofram outras restrições às suas liberdades e seus patrimônios, basta que parlamentares de extrema-esquerda apresentem listas de desafetos, e “medidas cautelares” são impostas às pessoas, por tempo indeterminado, sem chance de defesa nem acesso ao devido processo legal.
Investigações seletivas estão comuns no País. No Supremo Tribunal Federal, o ministro Alexandre de Moraes conduz inquéritos sigilosos contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um desses inquéritos, a sede da Folha Política foi invadida e todos os equipamentos do jornal foram apreendidos. Após a Polícia Federal atestar que não havia motivos para qualquer indiciamento, o inquérito foi arquivado a pedido do Ministério Público, mas o ministro abriu outro inquérito de ofício e compartilhou os dados do inquérito arquivado. A renda do jornal está sendo confiscada a mando do ministro Luís Felipe Salomão, ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, em atitude que foi elogiada pelos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Toda a renda de mais de 20 meses de trabalho de jornais, sites e canais conservadores está sendo retida, sem qualquer base legal.
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