Os três Clubes Militares que reúnem militares reformados do Exército, da Marinha e da Aeronáutica emitiram uma nota conjunta sobre o 31 de Março, embora o comandante do exército tenha evitado mencionar a data. Segundo fontes da velha imprensa, o atual comandante afirmou que punirá militares que tenham comemorado a data.
Na nota divulgada pelos três Clubes, intitulada “O Lugar do 31 de Março de 1964”, a Comissão Interclubes Militares aponta: “A Contrarrevolução de 31 de Março de 1964 pertence à História e não à política. Ela contou com amplo apoio dos diversos segmentos da sociedade e promoveu grandes reformas nos campos político, econômico, psicossocial e militar, que modernizaram o país, dando-lhe relevância internacional e consistência institucional”.
Ouça a nota dos três Clubes Militares:
COMISSÃO INTERCLUBES MILITARES
Rio de Janeiro, 31 de março de 2023.
O lugar do 31 de Março de 1964
A Contrarrevolução de 31 de Março de 1964 pertence à História e não à política. Ela contou com amplo apoio dos diversos segmentos da sociedade e promoveu grandes reformas nos campos político, econômico, psicossocial e militar, que modernizaram o país, dando-lhe relevância internacional e consistência institucional.
Os Clubes Naval, Militar e de Aeronáutica não poderiam deixar de estar alinhados com as Forças Armadas, às quais se vinculam por compromissos e ideais, para que o 31 de Março de 1964 permaneça vivo na História, somente onde seu legado de pacificação e de desenvolvimento do Brasil possa ser compreendido.
Como associações que congregam oficiais das Forças Armadas, alguns dos quais cumpriram o seu dever enfrentando a agressão da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e de sua franquia cubana ao Brasil, os Clubes Naval, Militar e de Aeronáutica continuarão a participar da vida nacional, como fizeram na Abolição da Escravatura, na Proclamação da República, no fim das eleições ilegítimas da República Velha, na questão do petróleo e continuam a fazer no acompanhamento permanente da situação nacional, repudiando toda e qualquer forma de autoritarismo e arbítrio que se pretenda impor à Nação.
E como tal, sendo entidades representativas de uma classe profissional que simplesmente não pode existir alheada da Pátria, continuarão a propugnar pelas importantes causas do Movimento Cívico-Militar de 31 de Março de 1964, comuns a todos os brasileiros: defesa da soberania nacional, combate à corrupção, desenvolvimento do país e garantia da democracia.
Portanto, decorridos 59 anos, os Clubes Naval, Militar e de Aeronáutica encontram-se
no mesmo lugar histórico do 31 de Março de 1964, animados de sã camaradagem, confiantes nas Forças Armadas, e certos do destino de grandeza do Brasil.
É onde estão neste 31 de Março de 2023. E de onde não se afastarão.
O general Maynard Marques de Santa Rosa, por seu turno, divulgou uma nota em que apontou que “a tentativa que se faz de suprimir parte da História imita a prática do regime estalinista, durante os expurgos da década de 1930”. O general lembrou o contexto da época e comparou: “Passado o ciclo revolucionário, a ausência de um projeto de futuro deu espaço às políticas errantes de cunho populista que vêm transformando o nosso país em uma autarquia clientelista de fundo fascista”.
Ouça a nota do General Maynard Marques de Santa Rosa:
“31 DE MARÇO DE 1964 – PATRIOTISMO, DECISÃO E CORAGEM
(Gen Ex Maynard Marques de Santa Rosa – Brasília, 10 Mar 2023)
A memória de 1964 permanece tão presente quanto reprimida pela insegurança dominante. A tentativa que se faz de suprimir parte da História imita a prática do regime estalinista, durante os expurgos da década de 1930.
Provado está que uma ideia só pode ser superada por outra ideia melhor. E, ainda, não há substituto para o ideário de 1964, que começou com o movimento tenentista dos anos 1920, ficou represado no Estado Novo e desaguou no dia 31 de março, concretizando o anseio por um país soberano, moderno e próspero, uma sociedade livre, justa e fraterna.
A instabilidade política no Brasil intensificou-se após o sui*** de Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954. Entre 1956 e 1961, a habilidade de JK proporcionou ao PSD um oásis de governabilidade fugaz, que se extinguiu com a transferência do poder para a UDN.
A renúncia de Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961, abriu a caixa de pandora da crise. O hiato parlamentarista, entre 1961 e 1963, aplacou as expectativas do que viria a tomar corpo após o plebiscito de 6 de janeiro de 1963, quando um presidente fraco e errático buscou apoio em partidos filiados ao movimento comunista internacional, que lhe impuseram a agenda temerária das reformas de base “na lei ou na marra”. A crise institucional de cúpula, em sincronia com as pressões de base estudantil e sindical, paralisou a economia do país e determinou a queda do governo João Goulart.
O Brasil virou peça no tabuleiro geopolítico da Guerra Fria. A solução da crise dos mísseis, em 1962, obrigara os Estados Unidos a aceitarem o fato consumado do regime cubano. O condicionamento americano à “teoria do dominó”, que levou à intervenção no Vietnam, jamais permitiria uma replicação comunista na América do Sul, intenção sinalizada com a presença de uma força do Corpo de Fuzileiros Navais navegando “offshore”, nas proximidades da costa brasileira.
No início de 1964, o caos institucional e a anarquia empurravam o Brasil para o cenário da Guerra Civil Espanhola. A reação começou por iniciativa de lideranças civis do Estado de Minas Gerais. Os chefes militares da época não se omitiram de assumir os riscos inerentes ao desafio, e agiram com coragem moral e decisão, afastando a ameaça.
Em 15 de abril de 1964, o marechal Castello Branco foi empossado na presidência pelo Congresso Nacional, sob a plena vigência da Constituição de 1946. Graças ao planejamento estratégico, a economia teve um crescimento contínuo e sem precedente, a despeito da subversão comunista e das crises do petróleo de 1973 e 1978. Em 20 anos, o Brasil saltou do 47º para o 8º lugar no ranking mundial.
Passado o ciclo revolucionário, a ausência de um projeto de futuro deu espaço às políticas errantes de cunho populista que vêm transformando o nosso país em uma autarquia clientelista de fundo fascista.
O legado de desprendimento, coragem e patriotismo de 31 de março de 1964 permanece vivo e inapagável, para exemplo da honra de uma geração às gerações futuras”.
Na tribuna da Câmara, o deputado Cabo Gilberto Silva ponderou sobre a data, rebatendo ataques feitos por parlamentares da extrema-esquerda. O deputado apontou que o governo Lula e seus asseclas defendem ditaduras, e relembrou alguns fatos históricos. Ele afirmou: “a população brasileira, como disse o Roberto Marinho, fundador e dono da Globo — que Deus o tenha! — em 1984, meus amigos, as Forças Armadas salvaram o Brasil, naquele momento, de uma verdadeira ditadura e derramamento de sangue. Está na história”.
O deputado General Girão, por sua vez, afirmou: “As Forças Armadas foram empregadas com a população, com a mobilização da população, das famílias nas ruas. Então, o Movimento de 31 de Março foi um movimento cívico-militar que mobilizou toda a Nação e impulsionou as Forças Armadas, sem dar condição de reação a um governo que perdesse a autoridade moral e o respeito da Nação. Este é o grande perigo: um Ministro não pode perder o respeito da Nação, um Presidente não pode perder o respeito da Nação. As Forças Armadas, então, em 1964, cortaram esse mal pela raiz”.
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