O senador Eduardo Girão, em entrevista concedida à TV Senado, falou sobre a expectativa para a instalação da CPMI dos atos do dia 8 de janeiro. O senador explicou: “é uma data que tem uma expectativa enorme, porque muita coisa precisa ser explicada, para o bem da democracia no Brasil”.
Girão apontou: “me causa muita estranheza por que um governo que se disse vítima não quer mais investigar. Alguma coisa aconteceu. A gente tem ideia do que pode ter acontecido. Por exemplo, a grande mídia revelou que a Abin teria informado a 38 órgãos federais que o objetivo daqueles atos seria para destruir o patrimônio fisicamente, e me parece que o governo lavou as mãos”.
O senador mencionou os rumores de que há um conluio para promover uma retirada de assinaturas em massa, e explicou que os parlamentares que se prestarem a isso terão que prestar contas aos cidadãos. Girão disse: “eu acredito que a população está acompanhando de perto, vendo quem fez isso. E, se tem algum movimento para tirar na véspera, que é o que se diz por aí, vai ficar muito feio na história. E a gente não vai desistir. A gente vai tentar de novo”.
O senador lembrou que há inocentes sendo punidos e lembrou a necessidade de individualizar as condutas e punir quem cometeu crime, segundo as leis brasileiras. Ele disse: “quem participou do vandalismo tem que ser punido. Agora, cada um com a sua responsabilidade. Por isso que essa CPMI vai fazer toda a diferença na história do Brasil”.
No contexto atual do Brasil, muitas pessoas estão sendo tratadas como sub-cidadãos, pelo simples motivo de terem manifestado apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Por expressarem suas opiniões, são alvo de CPIs, de inquéritos secretos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, ou são vítimas de medidas arbitrárias como prisões políticas, apreensão de bens, e exposição indevida de dados, entre outras.
No chamado ‘inquérito do fim do mundo’, e nos inquéritos dele decorrentes, já houve: prisões políticas sem que houvesse sequer indiciamento das pessoas presas; imposição de uso de tornozeleira eletrônica e ‘prisão domiciliar’ em endereço diferente de onde as pessoas moravam; quebra de sigilo de parlamentares, inclusive de um senador; quebra de sigilos de pessoas e empresas, inclusive de veículos de imprensa; quebra de sigilos do ajudante de ordens do presidente da República; censura de veículos de imprensa e de parlamentares; bloqueio de redes sociais de jornalistas, veículos de imprensa e parlamentares; buscas e apreensões em empresas, residências, residências de familiares, e gabinetes de parlamentares; proibição de contato entre pessoas, que muitas vezes, nem se conhecem; proibição a parlamentares de concederem entrevistas; intervenções no comando de partido político; prisões em massa; entre outras.
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