O senador Izalci Lucas e a deputada Bia Kicis visitaram os presos políticos que se encontram no presídio da Papuda, há mais de 90 dias, a mando do ministro Alexandre de Moraes. O senador Izalci Lucas explicou que os presos se desesperam com a situação econômica de suas famílias, já que são os provedores, e afirmou: “é muito triste. A gente precisa instalar, imediatamente, essa CPMI”. O senador questionou a estranha coincidência de nenhum dos milhares de presos ter sido liberado na audiência de custódia, diferente do que costuma ocorrer.
Izalci Lucas disse: “Estive no Complexo Penitenciário da Papuda para visitar presos que participaram dos atos de 8 de janeiro. Muita gente que está presa afirma não ter participado dos atos de vandalismo. Vamos trabalhar no sentido de sensibilizar os colegas no Congresso para esses casos, que precisam ser investigados. Essas pessoas não podem ficar tanto tempo presas sem que tenham a oportunidade de se defender. Queremos o devido processo legal. A CPMI tem que ser instalada”.
A deputada Bia Kicis, por seu turno, enfatizou o grau de angústia dos presos e de suas famílias, e disse: “a gente ficou muito emocionado com a situação deles, e isso nos mobiliza ainda mais para que a gente trabalhe pela justiça. Então, nós queremos a instalação dessa CPMI dos atos do dia 8, queremos que os atos sejam individualizados para que cada um responda pelo que fez ou pelo que não fez”.
A deputada lembrou ainda a necessidade de “identificar a responsabilidade das autoridades: quem se omitiu e tinha obrigação de fazer alguma coisa, quem foi responsável…. a gente sabe que tem muita coisa para vir à tona e é por isso que essa CPMI é tão importante”.
O senador Izalci lembrou que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, assumiu o compromisso de fazer a leitura da CPMI no dia 18, às 12h00. Anteriormente, Pacheco havia assumido o compromisso de fazer essa leitura na semana atual, e, anteriormente, havia garantido que definiria a data em poucas horas. Enquanto Pacheco aproveita os feriados e as viagens, centenas de cidadãos permanecem presos, e outros milhares sofrem com medidas arbitrárias impostas a título de “cautelares”.
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