Da tribuna da Câmara, o deputado André Fernandes reagiu a declarações do ministro de Lula, Flávio Dino, que disse que, se o Congresso não aprovar o PL da Censura, a censura será imposta pelo governo ou pelo STF. O deputado ironizou: “minha solidariedade a este parlamento e, em especial, ao presidente da Câmara, Arthur Lira, e ao presidente do Senado, Pacheco”. Ele disse: “temos hoje um ministro da Justiça, Flávio Dino, que diz abertamente que, se o Congresso Nacional não aprovar, o Ministério da Justiça vai fazer na marra”.
O deputado enfatizou como as declarações do ministro representam um ataque à democracia e às instituições, dizendo: “Prestem atenção como o ministro da justiça do governo Lula está atacando esta Casa, está atacando a democracia, está atacando o Estado Democrático de Direito, está atacando as instituições, está atacando centenas de representantes eleitos democraticamente, pelas urnas eletrônicas… vejam só o que o governo Lula, com toda a sua tropa, está fazendo: uma ameaça”.
O deputado questionou: se o ministro da Justiça, junto com seus amigos, junto com uma corte suprema deste país, está dando o recado para o mundo de que este parlamento para nada serve, qual será a resposta dos nobres parlamentares que estão aqui? Que estão me assistindo em seus gabinetes? Ou dos eleitores? Não quero saber se você votou no PT, PL, PCdoB ou o escambau. Preste atenção em quem ataca as instituições. Daqui a pouco vai nos restar colocar um narizinho de palhaço, porque não serve de nada”.
Ele lembrou várias ocasiões em que o parlamento foi ignorado ou simplesmente “atropelado” e questionou: “Cadê a democracia em nosso país?”. O deputado relatou que tinha acabado de ir depor à Polícia Federal, onde foi questionado sobre o significado de suas publicações nas redes sociais, no âmbito de um inquérito aberto pelo ministro Alexandre de Moraes porque ele fez uma crítica ao ativismo judicial. André Fernandes disse: “que vergonha, parlamento brasileiro! Que vergonha!”.
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