O deputado Abílio Brunini protestou após o anúncio de que o comando da CPMI do dia 8 de janeiro já estava decidido e seria imposto aos deputados, inclusive aos que propuseram a Comissão e coletaram as assinaturas. O deputado disse: “esta CPMI, que surgiu a partir de um pedido do André para que a gente pudesse investigar os atos do dia 8, a meu ver, parece que está indo goela abaixo ou por onda abaixo, como vocês conseguem dizer... Parece uma grande marmelada ou uma chapa-branca, vamos dizer, por mais que o Magno Malta esteja aí compondo como Segundo-Vice. Eu até já imagino o momento, Magno Malta, que o Cid vai presidir esta Comissão com a Relatora do lado deles. Vai ser uma Comissão para apoiar as narrativas deles, e você vai ter muita dificuldade de conseguir impor um posicionamento a favor das pessoas de bem que estavam ali, levadas de gaiatos dentro da situação”.
Abílio Brunini lembrou que alertou os cidadãos que seria inútil esperar alguma atitude do Exército brasileiro, apontando: “Fui muito atacado em relação a isso. E sempre disse: não é o Exército o caminho; o caminho é os meios que... A gente teria outros meios, mas o Exército não faria nada. Boa parte desses generais estão preocupados com os seus cargos super-remunerados e os seus superpoderes diante das Forças Armadas. E eles, esses generais, também não representam a base do Exército, o povo que trabalha – os coronéis, os cabos, os capitães, os tenentes. Não representam. Os generais são só superempregados do Governo Federal”.
O deputado disse ao presidente da CPMI: “infelizmente vai ter momentos em que o senhor vai se ausentar, e o Cid Gomes, que é aquele cara do trator, que estava indo para cima do pessoal da Polícia Militar, é ele que vai conduzir. O cara que estava em cima de um trator, indo para cima de familiares da polícia, em cima da polícia é o cara que vai conduzir os atos da CPMI”.
Abílio Brunini rebateu ainda as acusações feitas por parlamentares de extrema-esquerda aos parlamentares de direita, apontando a hipocrisia e os dois pesos e duas medidas: “E eles ainda questionam a participação de pessoas da direita, falando que elas são investigadas no STF. Eles questionam isso, como se eles, por serem investigados, já não pudessem participar do processo da CPI, mas, lá no MST, lá na CPI do MST, eles assumem publicamente que são membros do MST e querem fazer parte da CPI do MST, que hoje também investiga quem financiou o MST, quem financia. Quatro Deputados lá se autointitulam membros do MST e estão lá”.
No contexto atual do Brasil, muitas pessoas estão sendo tratadas como sub-cidadãos, pelo simples motivo de terem manifestado apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Por expressarem suas opiniões, são alvo de CPIs, de inquéritos secretos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, ou são vítimas de medidas arbitrárias como prisões políticas, apreensão de bens, e exposição indevida de dados, entre outras. Para esses “sub-cidadãos”, não há direitos humanos, garantias fundamentais ou devido processo legal.
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