sexta-feira, 12 de maio de 2023

Deputado Bibo Nunes diz que soltura de Anderson Torres com restrições é ‘demonstração de poder’ de Moraes: ‘nada a comemorar’


Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, o deputado federal Bibo Nunes comentou a “libertação” do ex-ministro Anderson Torres, após cerca de 4 meses preso. O deputado apontou que Torres foi preso mesmo não estando no Brasil no dia dos fatos de que é acusado, e comparou: “um inocente, que foi preso por cometer um crime em local onde ele não estava, enquanto o general G Dias, chefe do GSI, estava no local, in loco, e está totalmente livre, jamais se cogitou sua prisão”. 

O deputado explicou que Torres foi solto mas está sujeito a uma série de medidas restritivas, que seriam destinadas a humilhá-lo. Bibo Nunes disse: “Imagine você: inocente, uma pessoa de bem, e, quando vê, injustamente, está lá preso. Acaba sendo solto, mas contanto que fique em casa com tornozeleira.  Ele, que foi Ministro da Justiça, delegado da PF, Secretário de Segurança de Brasília. É muita humilhação. E parece que o STF, na pessoa do ministro Alexandre de Moraes, ao liberar Anderson Torres dessa maneira, está dando uma demonstração de força: “eu tenho a força, eu tenho o poder, e coloco como bem quiser, como eu melhor entender”. Isso é preocupante”.

Bibo Nunes relatou que sempre é questionado sobre a concentração de poderes nas mãos de Alexandre de Moraes. Ele disse: “E as pessoas me perguntam: mas como pode uma pessoa ter tanto poder?  São 11 ministros. Ele decide tudo? Eu confesso que também fico pensando: e os outros ministros? Por que só ele? Entregaram? Ele é que sabe? Ele que faz tudo? É muito poder para uma pessoa só. E os juristas de bem, que têm consciência do direito pleno, concordam comigo. Não tem como uma pessoa indicada por um presidente, sem ter legitimidade popular, ter todo esse poder. É muito poder. Mas qual a sustentação para tudo isso?”. 

O deputado concluiu dizendo: “Então, o Anderson Torres, com essa “soltura” entre aspas, e muitas aspas, está lá humilhado, e o STF deu uma demonstração de força: eu libero assim, e olhe lá, ou então não libero. Essa é a verdade. Nada a comemorar”. 

Assim como o ex-ministro Anderson Torres, milhares de pessoas estão sofrendo, muitas há anos, medidas arbitrárias e abusivas, sem chance de defesa ou acesso ao devido processo legal. A supressão de direitos afeta milhares de investigados nos inquéritos políticos do ministro Alexandre de Moraes, além de causar efeitos devastadores em suas famílias. Pessoas estão sendo tratadas como sub-cidadãos, pelo simples motivo de terem manifestado apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Por expressarem suas opiniões, são alvo de CPIs, de inquéritos secretos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, ou são vítimas de medidas arbitrárias como prisões políticas, apreensão de bens, e exposição indevida de dados, entre outras. 

No chamado ‘inquérito do fim do mundo’, e nos inquéritos dele decorrentes, já houve: prisões políticas sem que houvesse sequer indiciamento das pessoas presas; imposição de uso de tornozeleira eletrônica e ‘prisão domiciliar’ em endereço diferente de onde as pessoas moravam; quebra de sigilo de parlamentares, inclusive de um senador; quebra de sigilos de pessoas e empresas, inclusive de veículos de imprensa; censura de veículos de imprensa e de parlamentares; bloqueio de redes sociais de jornalistas, veículos de imprensa e parlamentares; buscas e apreensões em empresas, residências, residências de familiares, e gabinetes de parlamentares; bloqueio de contas bancárias, inclusive de jornalistas, parlamentares, e pessoas que sequer são investigadas; proibição de contato entre pessoas, que muitas vezes, nem se conhecem; proibição a parlamentares de concederem entrevistas; intervenções no comando de partido político; prisões em massa; confiscos; entre outras. 

A totalidade da renda da Folha Política, assim como de outros canais e sites conservadores, está sendo confiscada a mando do ex-corregedor do TSE, Luís Felipe Salomão, com o apoio e aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Há mais de 22 meses, todos os rendimentos do jornal estão sendo retidos sem justificativa jurídica. Se você apoia o trabalho da Folha Política e pode nos ajudar a continuar nosso trabalho, doe qualquer valor através do Pix, usando o QR Code que está visível na tela, ou com o código ajude@folhapolitica.org

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