Durante sessão da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional que ouviu o ministro da defesa de Lula e os comandantes das Forças Armadas, o deputado federal Ricardo Salles, ex-ministro de Bolsonaro, defendeu propostas que vêm sendo aventadas, de acabar com as operações de Garantia da Lei e da Ordem, e também de alterar ou revogar o artigo 142 da Constituição, que dispõe sobre as atribuições das Forças Armadas. No ensejo, Salles foi enfático ao apontar que, em sua visão, o que é chamado de “despolitização” das Forças Armadas não passa de uma “tucanização”, isto é, um alinhamento aos valores e interesses do PSDB ou da Social-Democracia.
Sobre as GLOs, o deputado apontou: “circulou aqui no Parlamento uma informação de que havia um movimento para acabar com a Operação Garantia da Lei e da Ordem por parte das Forças Armadas. E, pela experiência que eu tive com as GLOs ao longo dos 2 anos e meio do Governo e o que acompanhamos depois, eu manifesto aqui a minha concordância. Eu acho que essas operações garantia da lei e da ordem têm um custo absurdo e uma efetividade baixíssima”. Salles relatou sua experiência com GLOs na Amazônia enquanto era ministro, apontando que há enorme dispêndio de recursos públicos para obter “efetividade zero”.
O deputado mencionou também as propostas de alterar o art. 142, dizendo: “Mais uma vez, apoio nosso para mudança desse art. 142. Tanto se falou na história de papel moderador, atuação etc. Não tem papel moderador nenhum, não foi usado e não deve ser usado. Realmente, é melhor remover o art. 142”. Salles apresentou uma extensa lista de críticas à atuação dos militares, mencionando GLOs, “tucanização”, guerra cibernética, atuação no 8 de janeiro, gastos em pesquisas que não apresentam resultados e em serviços que não são entregues, e a criação de dificuldades em serviços como o controle de armas.
O deputado respondeu a pedidos para aumentar o orçamento das Forças, lembrando que o ministério da Defesa recebeu imensas quantias recuperadas pela Lava Jato e cobra quantias astronômicas a cada vez que seus recursos são utilizados. Salles apontou ainda as despesas com pessoal. O ex-ministro disse: “O orçamento já é gigantesco, gasta-se uma fortuna de pessoal, nós vemos os números estratosféricos que são apresentados. Peço vênia ao General Thomaz para citar o caso que foi colocado na imprensa, sobre os 770 mil reais de indenização pagos a ele, quando passou da ativa para reserva”.
Ricardo Salles afirmou: “Essa tem sido a finalidade do dinheiro do contribuinte brasileiro: as operações de abate de aeronaves do tráfico e de combate ao tráfico de drogas, nos rios da Amazônia e em áreas de fronteira com Bolívia, com Colômbia, com tudo isso: zero de efetividade, zero. Quando se vê a quantidade de operações que foi divulgada — 698 — eu pergunto: quantos aviões nós abatemos? Quantas operações de conflito houve com os traficantes? Isso, sim. Nós estamos gastando dinheiro com inimigos fictícios, com mísseis de lugares que nem conheço, com bateria antiaérea. Isto para guerrear com quem? Com a Argentina, que não tem nem doce de leite mais? Para quê? Nessa ideia de inimigo fictício, continuamos gastando fortunas do contribuinte brasileiro com essa obsessão de míssil balístico. Míssil balístico para quê? Nem na fronteira com a lei do abate nós usamos o armamento que temos. O Brasil tem a fronteira mais peneira e vazia. Ninguém quer ir para o confronto, sempre há desculpas para fugir disso. Ou seja, nós estamos gastando uma fortuna de dinheiro do contribuinte com inimigos fictícios, mas do inimigo real, esse da fronteira, a turma foge como o diabo foge da cruz”.
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