Durante sessão da Comissão de Segurança Pública do Senado, o senador Eduardo Girão fez duras críticas diretamente ao ministro de Lula, Flávio Dino, questionando-o sobre suas declarações relativas ao PL da Censura. O senador apontou: “eu tenho procurado observar suas entrevistas e audiências públicas com muita atenção”.
Girão lembrou que o país se encontra em conflito e disse: “A regra da boa convivência é o respeito, e eu vejo que, talvez numa próxima audiência, a gente possa ter o respeito a esta Casa, por exemplo. O que eu vi hoje aqui, especialmente no início dessa sessão, foram indiretas, um ar de deboche, uma arrogância… eu acho que isso não combina com sua história”. Girão ponderou: “acho que talvez o senhor esteja se deixando levar por essa animosidade que atinge nosso País”.
O senador afirmou: “Eu também me senti vilipendiado com sua última entrevista, a mais forte com relação a este PL - da Censura, da Fake News, do Cala a Boca. A gente precisa respeitar esta Casa. Nós fomos eleitos diretamente pela população. O Congresso Nacional está debatendo esse assunto. Quando V. Exa. coloca, em uma entrevista que, se o Congresso não fizer o debate, pode ter medidas administrativas, e ainda cita o ativismo judicial, o senhor mais atrapalha que ajuda o debate, porque reforça uma animosidade que não ajuda ninguém”. O senador apontou a estranha “coincidência” do ministro Toffoli, que liberou para julgamento um processo que estava parado desde 2017 logo após a entrevista do ministro.
Eduardo Girão disse: “Na mesma semana em que o Congresso Nacional manda o recado de que não quer deliberar, não quer aprovar isso. Aí vem o presidente da Câmara e diz “só vou botar para votar se for para vencer”. O que é isso que está acontecendo? Isso é respeitar este Congresso? Quero deixar meu repúdio a essa colocação que eu vejo como desrespeitosa a esta Casa”.
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