A primeira sessão da CPMI dos atos do dia 8 de janeiro já se iniciou com um tumulto, quando o senador Marcos do Val questionou o anúncio, feito pelo presidente da sessão, senador Otto Alencar, de que já haveria um acordo para simular uma eleição e os nomes da presidência e relatoria já estavam decididos. Marcos do Val apresentou uma questão de ordem para apontar a suspeição da relatora por suas ligações com o governo Lula e suas manifestações que já demonstraram um pré-julgamento. A questão do senador Marcos do Val causou um tumulto, com parlamentares governistas atacando o senador. O senador Eduardo Girão e o deputado Marcel Van Hattem lembraram que seu partido foi excluído da comissão, em desrespeito aos direitos das minorias.
Ao iniciar, a CPMI repete integrantes da CPI da Pandemia, que deixou de investigar atos de corrupção e dedicou-se à perseguição política. Enquanto se recusou a investigar indícios de corrupção com os recursos enviados pelo governo federal para os estados e municípios, a CPI da Pandemia não poupou esforços em humilhar pessoas e empresas que manifestaram apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, além de quebrar sigilos sem qualquer fundamentação, vazar dados sigilosos para a velha imprensa e ameaçar pessoas de prisão.
O procedimento é o mesmo observado em inquéritos conduzidos em cortes superiores: matérias da velha imprensa atribuem um “rótulo” ou “marca” a um grupo de pessoas, e isso é tido como suficiente para quebras de sigilos, interrogatórios, buscas e apreensões, prisões e confiscos. Após promover uma devassa nas pessoas e empresas, no que é conhecido como “fishing expedition”, os dados são vazados para a velha imprensa, que então promove um assassi* de reputações que dá causa a novas medidas abusivas. Conforme vários senadores já notaram, os procedimentos são, comumente, dirigidos aos veículos de imprensa independentes, em evidente tentativa de eliminar a concorrência, controlar a informação e manipular a população brasileira.
Em um inquérito administrativo no Tribunal Superior Eleitoral, seguindo esse tipo de procedimento, o ministro Luís Felipe Salomão ordenou o confisco da renda de diversas pessoas, sites e canais conservadores, inclusive a Folha Política. A decisão recebeu elogios dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson.
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