Em diálogo com os deputados Bruno Engler e Nikolas Ferreira, o ex-presidente Jair Bolsonaro advertiu para planos totalitários voltados a censurar a internet e aniquilar o pensamento independente e a liberdade política. O debate foi promovido pelo Partido Liberal e contou com jovens filiados à agremiação.
O ex-presidente ressaltou a transformação política causada pela concessão de maior voz aos cidadãos comuns: “Em 1991, eu assumi a Câmara dos Deputados. Não se sabe nada desse tempo porque não tinha a internet. O que nos libertou foi a internet. Não tinha TV Câmara, você não sabia o que acontecia. Eu respondi a muitos processos de cassação por usar a tribuna da Câmara. Eu nunca fui muito bem educado, mas não desqualificado. As mídias sociais abriram os olhos da nossa população. Jamais eu chegaria, em 2018, à presidência, sem as mídias sociais. Aqui foi algo realmente fantástico que aconteceu”.
Dessa maneira, Bolsonaro explicou a motivação daqueles que pretendem censurar cidadãos e as mídias independentes: “O outro lado, que sempre viveu na penumbra, viu que tem de colocar um ponto final nisso. Por isso, o controle social das mídias. Querem botar, a qualquer preço, aquele projeto de lei que, no ano passado, faltaram 9 votos apenas para a urgência. Como presidente, trabalhei na moita para não ter os votos, coisa rara. Está nas mãos de vocês, agora, não deixar isso acontecer”.
Nesta toada, o ex-chefe de Estado salientou a necessidade de lutar para preservar a liberdade nas redes sociais: “Quem tem dinheiro vai para as mídias tradicionais. Naquele tempo, lá atrás, se quisesse um pedaço de duas colunas do jornal, por 5 centímetros, se pagava R$10 mil. A internet acabou com isso aí, foi a nossa independência. Não podemos perder isso. Caso contrário, a esperança de fazer do Brasil um país de primeiro mundo fica muito afastada”.
Assim, Bolsonaro concluiu com uma mensagem de esperança para os brasileiros: “Ninguém tem o que nós temos no Brasil. Ao conversar com pessoas esclarecidas lá de fora, não conseguem entender como não somos um país do primeiro mundo. Não foi fácil escolher um ministério técnico. Aquele grupo de sempre queria interferir, indicar os seus nomes (...). Tem uma perseguição enorme que está acontecendo à direita nos últimos meses, mas eu acredito que dá para a gente vencer. O Bem sempre venceu o Mal”.
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