O ex-presidente Jair Bolsonaro falou, em entrevista coletiva, sobre o julgamento a que será submetido no TSE, que pode torná-lo inelegível. O ex-presidente disse: “a ação movida contra mim pelo Carlos Lupi, do PDT, por abuso de poder político, é exatamente igual à chapa Dilma-Temer. No julgamento, novos fatos foram acrescentados à minha ação. Aproveitando a jurisprudência desde 2017, aplicar para o meu caso e, no meu entender, deve ser assim, por questão de coerência, a acusação contra mim torna-se frágil”.
Bolsonaro lembrou que se reuniu com embaixadores, antes do período eleitoral, em reação a uma reunião promovida pelo ministro do STF Edson Fachin, que, agindo fora de suas atribuições, convocou embaixadores e pediu o reconhecimento imediato dos resultados da eleição após o anúncio. O ex-presidente disse: “Esse é o fato, essa é a verdade, essa é a realidade. Me julguem a exemplo do que foi julgado o caso Dilma-Temer”.
O ex-presidente comentou rumores de que o relator, ministro Benedito Gonçalves, pode mudar seu voto. Ele relatou: “Nós pedimos para liberar as minhas razões de defesa. O seu Benedito foi contra. Ou seja: está em segredo de justiça a minha defesa!”.
Bolsonaro lembrou que novos fatos foram incluídos na ação após seu início, e disse: “O TSE, em 2017, não aceitou isso. Teria que fazer uma nova ação de investigação. Vamos seguir a mesma linha. Não pode a jurisprudência mudar de acordo com a cara de quem está sendo julgado, ou com a ideologia da pessoa”. O ex-presidente disse: “de acordo com quem sentar no banco, a jurisprudência é outra. Isso é péssimo para a democracia, se eu for julgado de forma diferente do que foi a chapa Dilma-Temer em 2017”.
O ex-presidente respondeu a questionamentos sobre a divulgação, pela velha imprensa, de elementos selecionados do celular de seu ex-ajudante de ordens. Bolsonaro comentou: “O Ives Gandra falou sobre isso, que aquilo teria sido uma resposta a dúvidas sobre o papel do Exército em 2017”. O ex-presidente lembrou que há condições para se decretar um estado de sítio, e disse: “Estão querendo dar ares de golpe ao 8 de janeiro. Houve atos de vandalismo e depredação - abomináveis, ninguém concorda com isso -, mas tomada de poder? O próprio ministro da Defesa falou que não houve uma figura central coordenando o 8 de janeiro. Mais ainda, ele disse que quem praticou os atos de vandalismo não foi o pessoal do acampamento. Quem eram as pessoas nos acampamentos? Eram pessoas de idade, de família, com a Bíblia na mão. Passavam orando 24 horas por dia”.
Bolsonaro lamentou as prisões em massa ordenadas pelo ministro Alexandre de Moraes e disse: “Não tem cabimento essas prisões! Não tem cabimento o julgamento dessas pessoas na última instância. Cadê o devido processo legal? Ou vivemos em uma democracia ou não vivemos. Eu tenho três assessores presos. Não se justifica a preventiva! (...) E nós estamos aceitando que se passe por cima do devido processo legal. Ou temos uma democracia ou não temos!”
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas que apenas têm um discurso diferente do imposto pelo cartel midiático vêm sendo perseguidos, em especial pelo Judiciário. Além dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, também o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, criou seu próprio inquérito administrativo, e ordenou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como Bárbara, do canal Te Atualizei, e a Folha Política. Toda a receita de mais de 23 meses do nosso trabalho está bloqueada por ordem do TSE, com aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin.
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