Da tribuna, o senador Eduardo Girão discursou sobre a cassação do mandato de Deltan Dallagnol. O senador disse: “Deltan Dallagnol, cassado agora há pouco, referendado pela Câmara dos Deputados de forma vergonhosa, é o símbolo do espírito de vingança que domina, hoje, os poderosos do nosso país”.
O senador afirmou: “hoje eu não considero que a gente tenha democracia no Brasil. Sinceramente, com o que a gente vê acontecer aqui por parte do Supremo Tribunal Federal em relação a esta Casa, o desrespeito sistemático; invasão de competência; prisão política; jornalista com passaporte bloqueado, com conta bancária congelada, sem rede social, por determinação judicial; Parlamentares sem redes sociais; empreendedores que nunca se candidataram a nada inelegíveis, sem rede social... O Brasil está de cabeça para baixo, a gente precisa parar e refletir sobre isso”.
Eduardo Girão apontou o descrédito em que o Senado Federal se afunda a cada dia. Ele disse: “Eu acho que a degradação chegou num ponto máximo, e eu faço um mea-culpa: nós, da política, nós fazemos parte desta Casa, que está muito malvista lá fora, Senador Zequinha Marinho, mas está muito malvista lá fora, nas ruas, nas praças, nos mercados. E, neste dia triste, eu faço este questionamento: existe democracia no Brasil? Estão querendo até o PL da censura para calar o restinho de democracia, da pseudodemocracia que a gente tem. E o Deltan Dallagnol foi cassado hoje por causa disso, porque ele bateu forte nesse PL da censura, expôs quem votou a favor desse abuso, e o "povo de poder" não gostou. Deltan Dallagnol criou o "ministério-espelho", em que vários Deputados e Senadores vocacionados para determinado tema iriam fiscalizar o Governo Lula. Você acha que ele foi cassado por quê? Porque ele incomodou o sistema; ele mostrou! Caiu a máscara do sistema”.
O senador disse: “Deltan Dallagnol, hoje, foi cassado, mesmo tendo tido 344 mil votos; foram violentados esses votos populares por aqueles que não têm um voto sequer e que estão nos nossos tribunais superiores, muitas vezes, na maioria das vezes, fazendo política. Política, que é o que se faz com essas indicações vergonhosas que existem porque ficam devendo favor e ficam querendo ascensão”.
Girão questionou a omissão do Senado, dizendo: “Nunca vai dar certo desse jeito, enquanto a gente não mudar o processo de escolha; enquanto não for pela meritocracia; enquanto a gente não der mandatos para ministros; enquanto este Senado não fizer o seu papel de deliberar os impeachments que chegam com material robusto. É muito poder na mão do Presidente do Senado! O Regimento Interno tem que ser mudado, colocar para o Plenário”.
Eduardo Girão fez um apelo ao presidente do Senado para que resgate alguma dignidade da Casa. Ele disse: “É a única coisa que nos resta: fazer o nosso trabalho, senão fecha... O que estamos fazendo aqui? Fecha logo! O que estamos fazendo aqui? Gerando dinheiro para a população, fazendo um teatro, como disse um jornalista de esquerda, que falou que nós somos bonecos? Então, que a gente possa trabalhar, fazer o nosso papel, ser respeitado, fazer por onde ser respeitado e respeitar também”.
Deltan Dallagnol, por seu turno, relatou que a perseguição não se encerrou com sua cassação. O ex-procurador relatou que o Superior Tribunal de Justiça reverteu decisões judiciais e está cobrando uma quantia milionária dele. Dallagnol disse: “eu fico me perguntando onde está a justiça neste país. Eu fico revoltado”. O deputado cassado disse: “eles querem que quem ousou combater a corrupção pague o preço neste país, com seu mandato, com seu patrimônio e com a vida da sua família”.
A censura que vem se intensificando no Brasil atinge unicamente conservadores e já causou o fechamento de alguns veículos de imprensa. Mas a perseguição não se limita à censura e inclui muitas outras medidas, inclusive prisões políticas, devassas, buscas e apreensões, confisco de patrimônio, ass*** de reputações, entre outras.
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