Durante sessão da CPMI do dia 8 de janeiro, o senador Eduardo Girão se revoltou com a hipocrisia dos aliados de Lula e as manobras feitas por eles para blindar membros do governo e direcionar as investigações para impor a narrativa do governo e impedir a investigação real dos fatos.
O senador pediu ao presidente da Comissão que imponha algum equilíbrio, já que os trabalhos estavam sendo conduzidos pelo líder do governo, o senador Randolfe Rodrigues. Girão disse: “Presidente Arthur Maia, o senhor é a grande esperança para que haja equilíbrio aqui nesta comissão. A gente não pode deixar de rememorar que uma CPMI ou CPI é um instrumento da oposição, da minoria. E nós temos aqui mais da metade dos Parlamentares que não assinaram essa CPMI, que ocuparam esta comissão. Inclusive, na própria Mesa, somente o Senador Magno Malta assinou. Então, é um papel do senhor – e eu estou vendo uma boa vontade de V. Exa. – de equilibrar com imparcialidade esta comissão”.
O senador apoiou a sugestão do presidente Arthur Maia, que havia proposto votar os requerimentos que tivessem consenso, e lembrou que alguns requerimentos são mais relevantes. Girão lembrou que houve a divulgação de imagens do interior do palácio do Planalto, com um então ministro de Lula interagindo com invasores, e também com um fotógrafo aparentemente orientando a ação de depredadores. Ele disse: “Então, a gente tem que dar o exemplo aqui, Sr. Presidente, de buscar a verdade. O que tiver que votar de Bolsonaro você pode contar que eu voto. Agora, o que tiver de Governo Lula nós precisamos também votar, para ver e, exatamente, buscar a verdade”.
Eduardo Girão denunciou a “tomada” da CPMI pelo governo e lembrou que CPIs são instrumentos da minoria: “Eu faço um apelo, no minuto que me resta, aos governistas do Lula, do Governo Lula que aqui estão, que aprovem. A gente não tem o que esconder aqui. Vamos votar! Vamos votar de um lado e de outro! Eu não vejo nenhum problema com relação a isso. Vamos blindar quem? Eu acho que chegou a hora. Vai ficar feio. Uma comissão que foi ocupada, que é um instrumento da Minoria, da Oposição... E, sinceramente, vai ter blindagem aqui de quem veio ocupar? Sessenta por cento dos colegas Senadores não assinaram esta CPMI, que é, repito, um instrumento da Oposição, um instrumento legítimo da Minoria”.
O deputado Nikolas Ferreira também apontou as manobras do governo para direcionar a investigação, comparando a oposição à convocação de um fotógrafo com o requerimento do cartão de vacina do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A CPMI, que foi proposta para contrapor supostas investigações que já tinham suas conclusões antes de começar, foi tomada pelo governo e não dá mostras de que possa vir a investigar qualquer fato. O ataque a cidadãos e empresas privadas, desrespeitando direitos e garantias fundamentais, tem se tornado cada vez mais comum, em CPIs e também nas altas cortes do País. Sem justificativa jurídica, o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, decidiu confiscar a renda de sites e canais conservadores, para destruir empresas privadas das quais discorda. A decisão, que incluiu a Folha Política, confisca todos os rendimentos do jornal e teve o apoio e aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Há mais de 23 meses, toda a renda do nosso trabalho é retida sem qualquer justificativa jurídica. “Marcar” pessoas e fechar empresas por motivações políticas são atitudes que já foram observadas na História, mas nunca em democracias.
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