segunda-feira, 26 de junho de 2023

Senador Girão reage após Kajuru fazer acusação injusta em pleno Senado e detona Lula e Moraes, do STF


Em discurso na tribuna do Senado, o senador Eduardo Girão falou aos brasileiros, apontando que vê a população desanimada e desesperançada face à situação política do Brasil. O senador relatou que ouviu populares em mercados e feiras e que esses manifestaram seu desencanto, e disse: “é legítimo, porque realmente a gente não está cumprindo nosso dever nesta Casa”. 

Girão reconheceu que o Senado não busca se aproximar da população, e disse: “eu queria relacionar alguns fatos relevantes ocorridos neste país nos últimos 4 anos e meio, que configuram uma degradação de valores sem precedentes na nossa história”. 

O senador afirmou que faz essa descrição da escalada de degradação por acreditar que são “sinais inequívocos de um período de profunda transformação”. O senador disse: “Nada neste mundo está fora do controle absoluto das mãos de Deus”. 

Eduardo Girão lembrou que, em um país que tinha, desde a colonização, uma cultura de tolerância à corrupção, houve um crescimento da revolta da população, que se manifestou aos milhões nas ruas, protestando contra o sistema corrupto. O senador lembrou a operação Lava Jato, apontando que trouxe à população a expectativa de uma justiça que servisse a todos. 

O senador apontou que a reviravolta se iniciou quando o Supremo Tribunal Federal revisou uma de suas próprias decisões, em um brevíssimo intervalo, e decidiu declarar inconstitucional a prisão em segunda instância. Ele questionou: “o que pode ter mudado em tão pouco tempo?”, apontando: “é a pergunta que o cidadão se faz”. Girão prosseguiu: “a resposta vem um mês depois, quando Lula é libertado”. 

O senador Eduardo Girão lembrou que, naquele mesmo ano, o STF instaurou o chamado “inquérito das fake news”, apontando as inconstitucionalidades do procedimento, como a impossibilidade de recurso, e classificando o inquérito como “verdadeira perseguição política a jornalistas, comunicadores, pastores, empreendedores, e até parlamentares”. O senador assinalou que os perseguidos no inquérito são todos conservadores, como a maioria da população brasileira. 

O senador afirmou: “Nas eleições presidenciais de 2022, tivemos, pela primeira vez, um TSE funcionando como um verdadeiro partido político, beneficiando explicitamente um lado”. Girão lembrou que um dos lados foi proibido de falar sobre uma série de assuntos e apontou: “Mesmo com tudo isso, o resultado final das eleições foi apertado. O sistema todo agindo e o resultado foi pouco maior de 1%”. 

Girão apontou que, apesar de Lula ter alegado, durante a campanha, que buscaria uma pacificação, não houve qualquer ação nesse sentido após a eleição. Ele disse: “A partir daí continua a escalada de inversão de valores (...). O sistema quer vingança”. 

O senador mencionou a cassação do deputado Deltan Dallagnol, ex-coordenador da Lava Jato, e as recorrentes tentativas de aprovar o PL da Censura, comparando com o tratamento concedido a criminosos condenados. 

Girão sugeriu duas medidas que, em seu entendimento, poderiam reverter a situação: a aprovação do fim do foro privilegiado e a participação da população na política. Ele lembrou que o Senado já aprovou, por unanimidade, o fim do foro privilegiado, mas a Câmara mantém o projeto nas suas gavetas. 

Eduardo Girão disse: “não temos o direito de desanimar. O mal, apesar de ainda ter muita força neste mundo, tem prazo de validade, porque é fruto da ignorância humana. Só o bem é eterno, porque vem de Deus, que está no controle”. O senador acrescentou: “essa provação que estamos passando tem uma lição para nos mostrar”. Ele sugeriu: “é um convite para todos nós nos apoderarmos mais da política brasileira”. 

Ao responder a um aparte do senador Kajuru, Girão repudiou a narrativa de que teria se omitido nesses pontos durante o governo Bolsonaro e rebateu a alegação de que a situação do povo teria melhorado no governo Lula. Girão lembrou que vem denunciando a escalada do autoritarismo há vários anos, e repudiou as declarações de Kajuru sobre as supostas qualidades do governo Lula. Girão criticou os gastos nababescos de Lula em suas viagens enquanto há pessoas passando fome. Ele repudiou ainda as falas de Lula, dizendo: “é uma sanha sanguinária que a gente só vê em ditadura. (...) Recebe, com honra de estado, ditador que está matando de fome seu povo, aqui ao lado, na Venezuela, que poderia ser irmão seu, irmão meu”. 

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