O senador Marcos do Val relatou, em live transmitida pelas redes sociais, as reações do presidente da CPMI do dia 8 de janeiro ao requerimento para convocar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, a prestar esclarecimentos sobre sua atuação e, em especial, sobre as prisões em massa que ordenou. O senador lembrou que o presidente da CPMI quis ir conversar com o ministro, e explicou: “Nesta semana, vamos ter a aprovação de convocados na CPMI. O presidente da CPMI não quer fazer a convocação, quer fazer convite. É uma diferença grande, pois, com convocação, a pessoa é obrigada a ir, com o risco de ser presa. Convite, não, vai se quiser. Eu coloquei como convocação do ministro Alexandre de Moraes. Vamos ver se vai manter, apesar de ter ido falar pessoalmente com o ministro Alexandre de Moraes. Não precisava ter ido, é uma questão de medo.
O senador lamentou: “A CPMI, agora, é muito maior, em poderes, que o ministro do STF, mas o presidente achou, com medo, que tinha de ir lá falar com o Alexandre O Grande, o imperador. Ficou clara a parcialidade da relatora, Eliziane Gama. Continuo insistindo nisso”.
Marcos do Val apontou ainda a necessidade de ação unida por parte da direita, e lamentou que haja parlamentares que se elegeram com um discurso de direita, mas, após eleitos, abandonaram seus discursos de campanha: “O Tiririca é outro que nunca vi lá. Se estiver falando que é super econômico…se não está trabalhando, ou é corrupto ou é lobista. Vamos votar alguns requerimentos lá na CPMI, precisamos que a direita seja unida. Na última votação, tinha gente que estava almoçando e não foi lá votar. Chegamos ao lugar em que estamos por conta da desunião da direita. Direita batendo no Bolsonaro, falando de estelionato eleitoral. Quer pior do que esse atual [Lula]? Tinha pessoas de direita, incluo o MBL, fazendo campanha contra a direita. Fez o papel do velhinho da Caverna do Dragão. Cheio de papos, além de ter prejudicado o presidente, teve um integrante falando m**, o que gerou a perda do mandato (...) Tem os que se elegeram em cima do Bolsonaro e, depois, traíram”
O ministro Alexandre de Moraes já foi convidado, diversas vezes, a prestar esclarecimentos em audiências públicas no Senado, mas nunca compareceu. No contexto atual do Brasil, muitas pessoas estão sendo tratadas como sub-cidadãos, pelo simples motivo de terem manifestado apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Por expressarem suas opiniões, são alvo de CPIs, de inquéritos secretos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, ou são vítimas de medidas arbitrárias como prisões políticas, apreensão de bens, e exposição indevida de dados, entre outras. Para esses “sub-cidadãos”, não há direitos humanos, garantias fundamentais ou devido processo legal.
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