O senador Marcos do Val defendeu-se, em entrevista à CNN Brasil, de imputações realizadas por Alexandre de Moraes, ministro do STF e presidente do TSE, e discorreu a respeito de ações empreendidas no Senado Federal, na comissão de fiscalização de atividades de inteligência e na CPMI de 8 de Janeiro.
No que tange às acusações que teriam motivado a operação ordenada por Alexandre de Moraes, Marcos do Val pontuou: “Primeiro, é suposta a atuação. Não há nada que possa me preocupar. Se eu estivesse com a intenção de participar de algo desse tamanho, dessa gravidade, eu não iria ao ministro Alexandre de Moraes, lá em dezembro, perguntar a ele se eu participaria ou não dessa reunião, apesar de que a reunião também não configura crime”.
Dessa maneira, o parlamentar salientou as prerrogativas e garantias aos parlamentares garantidas pela Constituição Federal: “O artigo 53 da Constituição, no parágrafo sexto, me dá o direito, como senador, caso eu tenha presenciado algo, me dá a prerrogativa de não dizer onde, nome, absolutamente nada. Então, antes de participar, eu fui à PGR para me garantir. Eu nunca fui político, então queria me preservar, fui autorizado e o Alexandre de Moraes pediu que eu fosse”.
Dessa forma, o congressista explicou o requerimento para convocar Alexandre de Moraes na CPMI do 8 de Janeiro: “Ele me inseriu no processo porque relatei que, no relatório da ABIn, ele, o STF, o TSE, também tiveram as informações com antecedência. Isso fez com que eu fizesse uma procuração, um requerimento para que ele comparecesse à CPMI. Ele pode ter considerado algo de confronto, como se quisesse confrontá-lo ou algo parecido. Como estava constando no relatório da ABIn essas duas instituições, era o momento para ele dizer se recebeu, que não recebeu, o chefe, etc. Se ele me colocou como suspeito, ele deveria também se colocar, pois eu fui para lá porque ele pediu, ele autorizou que eu fosse a essa reunião”.
Nesta toada, o parlamentar esclareceu os motivos pelos quais concentrou seus esforços em apurar possíveis atos de prevaricação de Alexandre de Moraes e Flávio Dino no que toca ao 8 de Janeiro: “Essa questão de vários depoimentos, várias versões: a versão que foi dada na Polícia Federal, desde aquela época, eu dei apenas uma versão e um depoimento como testemunha. Aquilo lá, que passou a ser público, é a verdade absoluta. O que eu fiz antes é a persuasão, é feito desde a Segunda Guerra Mundial. Eu precisava, eu era da Comissão de Inteligência, eu precisava mandar para os ministros G. Dias, Flávio Dino, Alexandre de Moraes, que eu tive acesso ao relatório e que eu sabia que eles também sabiam que ia acontecer o fato antes do dia 8. Vendo um coronel comandante preso, um ex-ministro, o Anderson Torres, preso, o governador sendo afastado por decisão monocrática, vendo essas injustiças, depois que estive no galpão [de prisões em massa da Polícia Federal], falei para mim: ‘Não, tenho de achar uma forma de deixar isso público, transparente’. Por isso que fui atrás de fazer a CPMI. Nesse período, vocês vazaram os vídeos do G. Dias. Então, o G. Dias saiu da minha rota e comecei a denunciar o ministro Flávio Dino, o presidente Lula, o ministro Alexandre de Moraes, por ele também saber com antecedência”.
O senador afiançou, ainda, que já previa que seria alvo de uma operação ordenada por Alexandre de Moraes: “Isso, eu tinha escutado desde abril que isso iria acontecer comigo, esse mandado de busca e apreensão (...)”. No que concerne à invasão de seu gabinete no Senado Federal, Marcos do Val comentou: “Quando chegaram ao meu apartamento e interfonaram, não autorizei, só autorizei depois de falar com a advocacia do Senado, que estava lá no meu gabinete e impressionada com tamanho abuso de poder. Quando eles apreenderam o meu celular, que é do Senado Federal, o aparelho físico, o chip, as conversas profissionais do meu mandato, simplesmente, agora, todos os meus pares - e fica a mensagem para todos os senadores -, vocês estão todos agora expostos ao que o Alexandre de Moraes e o ministro Flávio Dino quiserem fazer”.
Ademais, Marcos do Val considerou a operação ordenada por Moraes, do STF, como uma “represália do sistema” em razão de sua atividade parlamentar: “Eu já vinha denunciando o Flávio Dino, um ministro que sempre usou de chantagem, de gravações ilegais, para conseguir crescer politicamente. Eu tinha recebido a informação de que em abril iria acontecer isso. Como a gente conseguiu montar a CPMI e, na última sessão, consegui mostrar o vídeo de que o Flávio Dino viu e prevaricou, eu já estava esperando que, se não fosse nessa semana, seria a próxima. A coincidência é que foi no meu aniversário. Eu já tinha comunicado a família e a minha equipe. Estar sozinho enfrentando o sistema, eu sei e já tenho maturidade para saber que iria ter represálias”.
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