Em entrevista à TV Bandeirantes, o senador Marcos do Val pronunciou-se após ter seu gabinete no Senado Federal, seu apartamento funcional e sua casa invadidos pela Polícia Federal a mando de Alexandre de Moraes, ministro do STF.
O senador encetou: “Recebi, na minha casa, no dia do meu aniversário, esse presente. Eu já tinha avisado a todos, pelo fato de que eu já tinha colocado uma petição para o Alexandre de Moraes se apresentar na CPMI [do 8 de janeiro]”.
O congressista afirmou que tal ação reitera a escalada de condutas arbitrárias de Alexandre de Moraes, salientando que o ministro seria um contumaz descumpridor da Constituição Federal: “No documento da ABIn, informa que o STF e o TSE também foram comunicados com antecedência, então, eu também fiz movimentos claros dessa invasão de poderes e a quebra da Constituição. Só para ter uma ideia. Vou ler um pedaço aqui, ele quebrou de vez. Está na Constituição: deputados e senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato (...). Constituição, 35. Quando tornei público que estive com ele [Alexandre de Moraes], antes dessa reunião, para perguntar o que ele achava, se eu deveria ir ou não à reunião, ele disse para mim: ‘Vai e, depois, você me reporta’. Ele, como relator, deveria ter dito que era o relator e não podia opinar”.
Marcos do Val asseverou, ademais, que Alexandre de Moraes estaria agindo como um “imperador” do Brasil. Ele assinalou, ainda, como ficou abalado emocionalmente ao constatar o sofrimento de cidadãos que foram vitimados por arbitrariedades do ministro: “A Constituição me garante o direito de ir, não configura crime ir a essa reunião, quando eu retornei, eu comuniquei a ele, o ministro, o que ocorreu nessa reunião. A reunião não configura crime nenhum. Quando saí daquele galpão e vi as pessoas sofrendo, idosos, idosas, quando vi tudo aquilo que me remeteu à época da perseguição dos j****. Eu saí dali muito abalado emocionalmente de ver tamanha crueldade. Eu tive de tornar pública essa reunião que eu tive com o ministro Alexandre de Moraes para que ele pudesse dizer: ‘não, eu não posso, eu sou o relator’. Qualquer ação que pudesse frear o Alexandre de Moraes, o hoje imperador Alexandre de Moraes”.
Dessa forma, o parlamentar alertou os integrantes do Senado Federal: “Então, quero mandar um recado a todos os senadores. Eles apreenderam um celular do Senado Federal. O chip é do Senado Federal, o aparelho é do Senado Federal. Eu mando um recado para os meus colegas senadores: todos vocês estão sendo, agora, monitorados, investigados, ou seja, o ministro Alexandre de Moraes teve tamanha audácia de invadir, também, o meu gabinete, que é inviolável, está na Constituição e, agora, todos os senadores estão expostos, o celular é um celular de trabalho, na minha área, que é a área de inteligência. É uma clara retaliação pelo fato de eu ter convocado o ministro Alexandre de Moraes, ou seja, medir forças: ‘Quer medir forças comigo? Então, vai tomar isso como exemplo’. Não há problema, estou há 30 anos trabalhando na área de polícia em todas as áreas do mundo, tenho de ter uma carreira ilibada, transparente, não estaria entrando em países para dar aula se tivesse qualquer processo, qualquer denúncia, qualquer suspeita. Você vê que não tem nada a ver com corrupção”.
Marcos do Val manifestou incômodo, ademais, com o fato de estar sendo tratado como um criminoso pelo ministro do STF: “Desde que comecei a falar, em fevereiro, que o ministro intercedeu nas investigações e tinha de se declarar impedido…todas as vezes que eu fazia minhas lives, eu falava: ‘Pode ter certeza que ele vai mandar a Polícia Federal aqui’. E mandou. Hoje, no meu aniversário, ganhei de presente. Deixo claro aos meus pares, os outros senadores, a forma do tratamento do ministro Alexandre de Moraes, dando a entender que um senador da República é um criminoso, que cometeu cinco crimes”.
O senador especulou, ademais, que a busca e apreensão poderia ter motivações alheias ao inquérito em questão: “É incrível, eu postei na minha rede social e, por isso, ele tirou do ar. Está muito clara a questão de que ele veio pegar qualquer coisa para ver, estou avisando para todo mundo que tenho provas de quem prevaricou. Está claro que ele veio aqui pegar tudo para ver se ele está dentro dessas provas”.
Há 10 anos, a Folha Política atua noticiando fatos, discursos, argumentos e denúncias que são obliteradas pela velha imprensa. Nosso veículo de imprensa dá voz às vozes conservadoras, ao anticomunismo, à defesa dos direitos fundamentais e da liberdade de expressão e de imprensa, além de trazer ao público os vídeos dos pronunciamentos de autoridades para que o público possa formar sua própria opinião sobre o que foi dito e não precise depender de relatos de terceiros.
Quem controla a informação controla, em última instância, a realidade. Grupos monopolísticos e cartéis que se associam com o intuito de barrar informações contrárias ou inconvenientes atuam em conluio com a finalidade de aniquilar qualquer mídia independente, eliminando o contraditório e a possibilidade de um debate público amplo, honesto, abrangendo todos os feixes e singularidades dos mais diversos espectros políticos. Controlando as informações, o cartel midiático brasileiro tenta excluir do debate e, em última instância, da vida pública, os conservadores e os veículos que dão voz a essas pessoas.
A renda da Folha Política está sendo confiscada a mando do ministro Luís Felipe Salomão, ex-corregedor do TSE, com respaldo e apoio de Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. A decisão confisca, de forma indiscriminada, todas as receitas advindas do Youtube, indicando claramente que a intenção não é a de excluir conteúdos específicos, mas sim de calar o canal e eliminar o jornal. Há mais de 23 meses, toda a nossa renda é retida, sem qualquer justificativa jurídica.
Se você apoia o trabalho da Folha Política e pode ajudar a evitar que o jornal seja fechado, doe por meio do PIX cujo QR Code está visível na tela ou por meio do código ajude@folhapolitica.org. Caso não utilize PIX, há a opção de transferência bancária para a conta da empresa Raposo Fernandes disponível na descrição deste vídeo e no comentário fixado no topo.
Há 10 anos, a Folha Política vem mostrando a realidade da política brasileira e quebrando barreiras do monopólio da informação. Com a sua ajuda, poderá se manter firme e continuar a exercer o seu trabalho. PIX: ajude@folhapolitica.org
Toda a renda gerada pelo nosso jornal por mais de 22 meses está confiscada por ordem do TSE. Ajude a Folha Política a continuar o seu trabalho. Doe por meio do PIX: ajude@folhapolitica.org
Depósitos / Transferências (Conta Bancária):
Banco Inter (077)
Agência: 0001
Conta: 10134774-0
Raposo Fernandes Marketing Digital LTDA (Administradora da Folha Política)
CNPJ 20.010.215/0001-09
-
Banco Itaú (341)
Agência: 1571
Conta: 10911-3
Raposo Fernandes Marketing Digital LTDA (Administradora da Folha Política)
CNPJ 20.010.215/0001-09