O senador Marcos Rogério, que entrou para a CPMI do dia 8 de janeiro após o afastamento do senador Marcos do Val, manifestou-se durante o depoimento do coronel Jean Lawand, questionado por ter trocado mensagens por Whatsapp.
O senador Marcos Rogério apontou a incoerência da base do governo na CPMI. Ele se referiu ao depoente da véspera, o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, preso a mando do ministro Alexandre de Moraes, e disse: “eu não defendo quem cometeu crime, mas esperava da base do governo, no dia de ontem, que pedissem a soltura dele. Se são coerentes, deveriam ter solicitado a soltura do coronel Naime, preso injustamente”.
O senador questionou duramente o coronel Lawand, apontando incoerências entre suas explicações e as transcrições de suas mensagens, e lembrou que não há crime em se participar de manifestações pacíficas. Marcos Rogério acrescentou que: “não há nesse ambiente e não houve nenhuma trama golpista. Isso é uma narrativa que os governistas estão tentando impor ao Brasil, mas ninguém cai nesse jogo. Nunca vi golpe sem armas, sem participação de instituições, de poderes. Que golpe é esse? Um golpe vazio, um golpe de narrativa. É isso que os governistas estão fazendo aqui. O que nós temos que fazer nesta CPI é separar joio de trigo, quem cometeu crime e quem não cometeu”.
O senador apontou as falhas na narrativa imposta pelo governo, como a inexistência de qualquer evidência de golpe, e as incoerências nas próprias perseguições. Ele lembrou que pessoas foram presas simplesmente por estarem nos arredores do quartel de Brasília, mesmo com as autoridades reconhecendo que não foram as mesmas pessoas que participaram das invasões. Marcos Rogério disse: “na hora de usar o bastão da força, o poder do Estado para reprimir, não fizeram distinção entre culpados e inocentes”. O senador acrescentou: “Então, não dá para cair nessa narrativa absurda que o governo tenta vender aqui”.
Marcos Rogério afirmou que a finalidade da Comissão deveria ser a de “aprofundar nas investigações para trazer luz ao que de fato aconteceu no dia 8”. Ele disse: “na hora que nós conseguirmos aprofundar essas investigações, vai ficar muito claro que quem estava no palácio do Planalto sabia exatamente o que estava acontecendo e que, por omissão e talvez até ação, tenha estimulado tal acontecimento. Era preciso sair das cordas. Era preciso construir uma narrativa que tirasse o foco daqueles que estavam sob questionamento”.
O senador reiterou seu apelo: “ontem, eu não consegui chegar a tempo dos trabalhos da CPI. Acompanhei pela TV. Mas se aqui estivesse, ontem, eu faria um apelo pela soltura do coronel Naime. Eu imagino o que passa no coração de um servidor público, um policial, que fez o que fez, que cumpriu o seu papel e que hoje está preso. Então, esta CPI tem que lançar luz é sobre esses fatos, é sobre essas condutas, para separar quem cometeu crimes, quem facilitou a sua prática, quem concorreu para eles, e também servir de instrumento contra injustiça que esteja sendo praticada, cometida, contra brasileiros decentes, de bem e que amam esta Pátria”.
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