Durante sessão do plenário do Senado, o senador Sérgio Moro declarou seu voto contrário à aprovação do advogado de Lula para o Supremo Tribunal Federal. O senador explicou: “o meu posicionamento, aqui, acho necessário registrar, é contrário à aprovação do nome do Dr. Cristiano, não por uma questão de falta de qualidades pessoais, mas porque, como foi destacado por vários outros, é o advogado particular do Presidente da República”.
Moro afirmou: “Nós queremos um Supremo Tribunal Federal que seja independente, que possa exercer um controle, uma supervisão sobre a ação dos demais Poderes. E, quando um desses Poderes é ocupado por alguém que foi o cliente particular do Presidente, entendo que o risco à independência do Supremo Tribunal Federal é muito grande”.
O senador Fabiano Contarato, ao falar na sequência, declarou seu entusiasmo com a nomeação do advogado de Lula, e desferiu ataques a Moro, afirmando que o senador, enquanto juiz, teria atuado em conluio com o Ministério Público. Contarato citou uma suposta decisão da ONU que teria reconhecido “lawfare” no caso do ex-presidente Lula, condenado por Moro e por mais três instâncias antes de ser “descondenado” no Supremo Tribunal Federal.
O senador Sérgio Moro respondeu, dizendo: “eu fui à sabatina, fiz perguntas técnicas, não fiz ataques pessoais, assim como, aqui no Plenário, não faço ataques pessoais ao indicado, ao nomeado, ao qual até reconheço predicados profissionais. Agora, existe uma questão de princípio da impessoalidade e um risco à independência do Supremo, motivo pelo qual eu registrei aqui meu voto contrário. Mas repudio os ataques pessoais do colega Senador e pediria que fosse feito o mesmo tratamento que eu fiz, o tratamento urbano, tanto a ele como ao candidato, e se evitassem essas ofensas pessoais, que são inapropriadas”.
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