quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Bate-boca na CPMI: Sérgio Moro fica frente a frente com hacker que invadiu celulares de procuradores na 'Vaza Jato' e expõe estelionato


Durante depoimento do hacker Walter Delgatti à CPMI do dia 8 de janeiro, houve intenso tumulto enquanto o senador Sérgio Moro questionava o depoente. Moro apresentou dados de processos a que o hacker foi submetido por estelionato, além da operação Spoofing, quando ele foi preso após invadir celulares de quase 200 autoridades da república. 

O depoente respondeu fazendo acusações ao senador, que foi juiz da Lava Jato, e houve gritaria por parte dos parlamentares lulistas, que foram os responsáveis pela convocação do hacker. Enquanto o senador Sérgio Moro lia trechos de denúncias e do acórdão que condenou o hacker por estelionato em cartões de crédito, o hacker respondia mencionando uma matéria da velha imprensa e afirmando ser vítima de perseguição pelo Judiciário e pelo Ministério Público Federal. 

Respondendo aos protestos dos parlamentares lulistas, Moro explicou: “existem problemas de credibilidade de testemunha que praticou estelionatos em série”. O ex-juiz explicou que o crime de estelionato, em particular, é caracterizado pela fraude e pela mentira contumaz. Moro disse: “vejo colegas tomando a palavra dele como se fosse a verdade absoluta, quando a gente está diante de um estelionatário em série, condenado. Transitado em julgado”.

Moro afirmou que Delgatti “faz do crime sua profissão” e alertou: “não podemos ter a palavra de alguém envolvido em crimes em série - inclusive como estelionato - tomada como a verdade”. O senador apontou que o hacker estava sendo tratado como “herói” pelos lulistas e disse: “esse herói fez como vítimas diversas pessoas inocentes, não só hackeando mas também roubando-lhes valores através de estelionato”. 

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