Durante sessão da CPMI que deveria investigar os atos do dia 8 de janeiro mas estava questionando as finanças pessoais de um ex-membro da ajudância de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Abílio Brunini exibiu um vídeo com diversas imagens do dia 8, com graves indícios da participação de infiltrados na depredação de prédios públicos.
O deputado afirmou: “Esse vídeo eu quero que seja anexado aos laudos da CPMI para que seja apurado, as pessoas sejam trazidas aqui para dar explicações, porque, ao que tudo indica, pode ser que sim, que tenha umas ou outras pessoas que foram levadas a erros, mas há muitas evidências de que houve infiltrados nas manifestações com clara intenção de destruição”.
O deputado apontou que, além das evidências que estava trazendo, a própria CPMI já havia revelado evidências de negligência e omissão de agentes do governo Lula, mencionando o general G. Dias, conhecido como “general do Lula”, e o ministro Flávio Dino. Brunini fez um apelo: “Eu peço que, de fato, a CPMI volte ao objeto dela: investigar os atos do dia 8. Não é objeto da CPMI joia, vacina, carro na OLX, hacker; o objeto da CPMI é o dia 8. Espero que isso volte a acontecer”.
Com a “tomada” da CPMI pelo governo, a Comissão repete a CPI da Pandemia, também conhecida como “CPI do Circo”, que serviu principalmente para a perseguição política. Enquanto se recusou a investigar indícios de corrupção com os recursos enviados pelo governo federal para os estados e municípios, a CPI da Pandemia também não poupou esforços em humilhar pessoas e empresas que manifestaram apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, além de quebrar sigilos sem qualquer fundamentação, vazar dados sigilosos para a imprensa e ameaçar pessoas de prisão.
O procedimento é o mesmo observado em inquéritos conduzidos em cortes superiores: matérias da velha imprensa atribuem um “rótulo” ou “marca” a um grupo de pessoas, e isso é tido como suficiente para quebras de sigilos, interrogatórios, buscas e apreensões, prisões e confiscos. Após promover uma devassa nas pessoas e empresas, no que é conhecido como “fishing expedition”, os dados são vazados para a velha imprensa, que então promove um assassi* de reputações que dá causa a novas medidas abusivas. Conforme vários senadores já notaram, os procedimentos são, comumente, dirigidos aos veículos de imprensa independentes, em evidente tentativa de eliminar a concorrência, controlar a informação e manipular a população brasileira.
Em um inquérito administrativo no Tribunal Superior Eleitoral, seguindo esse tipo de procedimento, o ministro Luís Felipe Salomão ordenou o confisco da renda de diversas pessoas, sites e canais conservadores, inclusive a Folha Política. A decisão recebeu elogios dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin.
A decisão não discrimina os conteúdos e atinge a totalidade da renda dos sites, com o objetivo de levar ao fechamento dos veículos por impossibilidade de gerar renda. Há mais de 25 meses, todos os nossos rendimentos são retidos sem qualquer base legal.
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