O deputado Ricardo Salles, ex-ministro do Meio Ambiente, explicou, em participação na CPI das ONGs, como se cria uma narrativa sobre a Amazônia que traz muitos recursos aos envolvidos na criação da narrativa mas em nada ajuda o povo que vive na Amazônia, nem tampouco contribui para a preservação da floresta.
O deputado explicou que existe uma ação concertada entre ONGs, acadêmicos e membros do governo. Ele disse: “a narrativa que se estabeleceu decorre desse conluio existente entre acadêmicos, administradores de ONGs, membros dos governos, que ficam se revezando nessas posições: ora está no governo, ora está na ONG; sai da ONG, vai para a academia; sai da academia, volta para o governo; o outro vai para a ONG, vai para o governo. E um pede dinheiro para o outro, que aprova o projeto, que contrata o outro; aí, quando o outro sai do governo, ele volta a ser consultor da ONG. Ele sai da ONG, vai para academia, é encomendada a ele uma série de textos, para dar respaldo à narrativa das ONGs, que, por sua vez, estão aliadas com os membros do governo. E ficam essas cirandas, um dando respaldo ao outro, um assinando o cheque para o outro, um dizendo que só o outro é que tem legitimidade para falar”.
Salles exemplificou com uma teoria sobre o desmatamento da Amazônia e disse: “E por que eles querem isso? É só por uma questão ideológica? Não. É porque é graças a esse catastrofismo todo que eles vendem palestra, são chamados internacionalmente para ficar alertando sobre isso, sobre aquilo. Quanto mais barulho eles fazem, mais dinheiro essa turma ganha”.
O deputado resumiu: “essa ciranda de membros da academia, membros das ONGs, membros de entidades governamentais e algumas empresas privadas se retroalimenta, estabelecendo uma falsa narrativa, uma campanha difamatória do Brasil e um grande conluio pra muita gente ganhar dinheiro”.
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