A missionária e capelã Rosângela Justino participou de audiência pública na Câmara dos Deputados sobre as Prisões Ilegais do 8 de janeiro, quando pediu aos parlamentares que estudem os processos de 6 de janeiro nos EUA. Ela explicou: “porque tudo o que aconteceu lá está acontecendo aqui”. Rosângela Justino disse: “inclusive para os senhores compreenderem o estratagema que foi utilizado na América para a gente compreender melhor o que está acontecendo aqui no Brasil. Aprender o estratagema”.
A missionária alertou: “a intenção deles é prender o ex-presidente dos Estados Unidos, assim como a gente percebe, pelos movimentos, que a intenção é prender o nosso ex-presidente, aqui no Brasil, também”.
Rosângela Justino agradeceu aos parlamentares que levaram uma denúncia à ONU, mas alertou sobre as circunstâncias. Ela disse: “uma outra questão é que nós, inclusive os senhores, que foram à ONU, cumpriram todo um protocolo, porque o Brasil é signatário da ONU, enfim. Mas a gente sabe que tudo o que está acontecendo, no Brasil, nos EUA, tudo advém da ONU. E a gente foi lá conversar com um embaixador brasileiro, do governo atual. Fomos reclamar com o governo do que o governo aqui está fazendo. De qualquer forma, achei válida a ida dos senhores lá”.
A missionária alertou sobre a necessidade de lutar pela soberania brasileira, em especial os parlamentares, e apresentou um dado importante a ser levado em consideração. Rosângela Justino disse: “não sei se perceberam que os presos são todos cristãos, e nós precisamos entender o que está por trás disso. Por que querem prender os cristãos e colocar neles a pecha de [criminosos]”.
Rosângela Justino alertou ainda sobre as armadilhas em que os parlamentares conservadores caem, ao defender o mesmo discurso da esquerda. Ela perguntou: “os senhores já perceberam que a “democracia” defende alguns e rejeita outros?”. A missionária sugeriu: “a gente precisa desenvolver mais esse debate de ideias”.
No contexto atual do Brasil, muitas pessoas estão sendo tratadas como sub-cidadãos, pelo simples motivo de terem manifestado apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Por expressarem suas opiniões, são alvo de CPIs, de inquéritos secretos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, ou são vítimas de medidas arbitrárias como prisões políticas, apreensão de bens, e exposição indevida de dados, entre outras.
Sem justificativa jurídica, o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, decidiu confiscar a renda de sites e canais conservadores, para destruir empresas privadas das quais discorda. O inquérito administrativo já está no terceiro relator, tendo passado pelas mãos de Mauro Campbell Marques, e agora se encontra sob a responsabilidade do corregedor Benedito Gonçalves. A decisão, que incluiu a Folha Política, confisca todos os rendimentos do jornal, e teve o apoio e aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. “Marcar” pessoas e fechar empresas por motivações políticas são atitudes que já foram observadas na História, mas nunca em democracias. Na verdade, são atitudes que só foram vistas nas mais cruéis ditaduras.
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