O deputado federal Sargento Gonçalves, da tribuna da Câmara, questionou a prisão do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, e as operações contra outros policiais rodoviários federais. O deputado disse: “Vejam aonde chegamos! Quem está sendo preso são os que combatem crimes, e não aqueles que os praticam! É função, é responsabilidade da Polícia Rodoviária Federal fiscalizar as rodovias federais. É crime eleitoral o transporte de eleitores no dia da eleição, e cabe à Polícia Rodoviária Federal fiscalizar e combater esta prática criminosa em período eleitoral”.
O deputado afirmou: “Se porventura formos falar em interferência no sistema eleitoral, aí me perdoe o Sr. Ministro do Supremo Tribunal Federal — STF, o Sr. Alexandre de Moraes.
Presidente do Tribunal Superior Eleitoral — TSE. Se é para prender quem interferiu no processo eleitoral, o Sr. Ministro teria que começar por expedir mandado de prisão contra si mesmo, porque quem nós mais vimos interferir no processo eleitoral de 2022 foi o próprio Ministro!”
Sargento Gonçalves explicou: “Foram várias as interferências, os perfis de conservadores, os perfis de políticos de direita, os perfis de eleitores, de influenciadores digitais que pregavam ideia diferente do que pensa o Sr. Ministro Alexandre de Moraes e a Esquerda. Infelizmente, houve, sim, interferência no processo eleitoral em 2022. Isso foi muito claro, flagrante, mas não foram os honrosos policiais federais. O que o Brasil presenciou foi uma caça a conservadores no Estado brasileiro. Infelizmente, nós temos vivido a maior ditadura ou a pior ditadura que um país pode enfrentar, como bem dizia Rui Barbosa, a ditadura do Judiciário, pois, infelizmente, contra ela não há a quem possamos recorrer”.
As prisões políticas após o dia 8 de janeiro são alguns dos mais recentes sinais de que, no Brasil, os cidadãos não vivem em uma democracia. Para um grupo de pessoas e empresas, a tirania ganha contornos de implacável perseguição política e ideológica, e esse grupo “marcado” vem sendo perseguido, há muito tempo, com medidas arbitrárias, como prisões políticas, buscas e apreensões, censura, bloqueio de redes sociais e confiscos.
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