Em pronunciamento no decorrer de depoimento do Sargento Luis Marcos dos Reis à CPMI do 8 de Janeiro, o senador Flávio Bolsonaro sugeriu a convocação de Alexandre de Moraes, ministro do STF, ao alfinetar a relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito, Eliziane Gama.
O parlamentar argumentou: “Eu acabei de receber aqui um alerta no meu telefone com a notícia da CNN, e eu acho que a gente tinha que convocar o Alexandre de Moraes aqui. "Moraes convida especialistas e 'hackers do bem' a testar segurança das urnas". É golpe! É golpe! É golpe!”.
O senador disse: “dois pesos e duas medidas, não é? Sentou aqui, há poucos dias, um hacker maluco, um 171. Deu uma versão completamente absurda, que é isso aqui que o Bolsonaro estava, talvez, pedindo, não é? ‘Cara, vamos procurar especialistas para mostrar para o TSE que podem ser vulneráveis essas ur*?’. E agora ele faz a mesma coisa”. Flávio Bolsonaro ironizou: “Eu acho que a Senadora Eliziane vai ter um pouco de dificuldade para enquadrar isso aqui agora no seu relatório, porque, se enquadrar Bolsonaro, vai ter que enquadrar Alexandre de Moraes. Então, a gente tem que ter um pouco de cuidado com isso”.
O senador apontou que, mais uma vez, o depoente escolhido pelos lulistas não tinha nada a acrescentar sobre os fatos ocorridos no dia 8 de janeiro, e ali estava apenas para tentar envolver a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro na narrativa da extrema-esquerda. Flávio Bolsonaro fez um apelo ao presidente da Comissão para que não permita que a CPMI seja utilizada apenas para o escracho público de cidadãos e exposição de dados sigilosos com amplos vazamentos para a velha imprensa, como vem ocorrendo.
Ademais, Flávio advertiu para o fato de que o General Gonçalves Dias, conhecido como “General do Lula”, pode vir a delatar Flávio Dino, ministro da Justiça de Lula: “Quando o G. Dias vier aqui, pelos vídeos que foram exibidos, pelo que a gente tem conhecimento, eu acho que ele vai acabar apontando o dedo para o fofinho Ministro, que claramente tentou botar na conta do G. Dias a responsabilidade de tudo, e o G. Dias vai ter a oportunidade de sentar aqui e mostrar de verdade quem é que se omitiu no dia 8 de janeiro”.
A atuação conjunta entre a velha imprensa e o comando da CPMI tem chamado a atenção, por repetir exatamente a mesma estratégia da CPI da Pandemia, com o apoio explícito às narrativas do comando, combinado com acesso privilegiado a documentos sigilosos, que, ao chegar à CPMI, “vazam” rapidamente para a velha imprensa.
Esse intercâmbio entre a velha imprensa, CPIs, e inquéritos nas cortes superiores resulta em intensa perseguição a veículos conservadores independentes, como a Folha Política. O jornal, que já teve todos os seus equipamentos apreendidos a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, agora tem toda a sua renda confiscada a mando do ministro Luís Felipe Salomão, do Tribunal Superior Eleitoral, com o respaldo e aplauso doa ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Há mais de 25 meses, todos os nossos rendimentos são retidos sem qualquer base legal.
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