sábado, 5 de agosto de 2023

Senador Marcos Do Val denuncia grave arbitrariedade de Moraes e é apoiado por Cleitinho e Marinho


O senador Marcos do Val, da tribuna, pediu o apoio dos colegas senadores para ter restabelecidas suas redes sociais, censuradas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O senador disse: “Quanto mais unidos ficarmos mais forte fica o Senado, mais ele se coloca na posição que a Constituição lhe deu, lhe outorgou. Então, a busca e apreensão que teve na minha casa e no apartamento funcional aqui aconteceu no dia do meu aniversário, dia 15 de junho. Tiraram, naquele dia, minhas redes sociais. Entraram no meu gabinete, aqui no Senado. E isso não acontece há 200 anos! Só houve dois casos, em 200 anos de Senado; um deles é o meu. E não foi por corrupção, não foi por lavagem de dinheiro, não foi por crime organizado, não foi por fake news, foi por denunciar uma possível organização da queda da democracia – e eu fui defender a democracia. Alguns me perguntam: "Você se arrependeu?" Não. Farei milhões de vezes, se for necessário, para defender a nossa democracia”.

O senador comemorou por ter conseguido a instalação da CPMI do dia 8 de janeiro, e lembrou que expôs os fatos que agora estão sendo investigados pela comissão já no início do ano. Ele disse: “A minha missão era chegar e abrir a CPMI. Cumpri essa missão com muito peso. E a CPMI já está fazendo o seu próprio papel: está revelando tudo o que eu já dizia em janeiro”. 

O senador Cleitinho, em aparte, sugeriu uma mobilização dos parlamentares para requerer o retorno das redes sociais de Do Val. Cleitinho disse: “se a gente quiser fortalecer a instituição aqui, a gente precisa fortalecer o Marcos do Val, a gente precisa estar do lado dele. Inclusive, Marcos do Val, quero fazer um pedido aqui aos 81 Senadores: que a gente possa encaminhar esse requerimento ao STF, pedindo que devolva as suas redes sociais. Como você mesmo disse, a busca e apreensão que teve, nesses 200 anos, foram duas vezes. E outra coisa: não foi por corrupção. Foi por uma questão que você defende”.

O senador Marcos do Val agradeceu pelo apoio, explicou os danos à sua atividade parlamentar e à sua honra, e disse: “eu me sinto extremamente injustiçado, porque tudo que eu fiz foi com a intenção, e sempre será, de proteger a nossa democracia, e, se tiver que fazer de novo para defender a democracia, assim eu o farei”.

O senador Rogério Marinho, por seu turno, iniciou seu discurso manifestando solidariedade e falou sobre a necessidade do Senado defender suas prerrogativas. Marinho disse: “quero iniciar a minha fala dizendo ao Senador Marcos do Val que é evidente que todos nós que estamos no Parlamento brasileiro temos que prezar pela nossa prerrogativa e pela inviolabilidade dos mandatos, não em função das pessoas, mas em função da Constituição, e o privilégio é da instituição. Quando a Constituição definiu que o mandato parlamentar é inviolável por quaisquer ações, atos e falas, ela o fez para que o Parlamentar tivesse a capacidade e a liberdade de verbalizar a sua voz e o seu pensamento em função dos eleitores que legitimamente o colocaram neste Parlamento. Então, Senador Marcos do Val, não tenha dúvida de que qualquer ato de exceção, em nossa opinião, precisa ser revisto, e a Constituição precisa ser cumprida”.

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