Durante o depoimento do general Dutra à CPMI que deveria investigar os atos do dia 8 de janeiro, o deputado Abílio Brunini desmontou a narrativa de “golpe”, questionando o general sobre o apoio armado aos invasores dos prédios dos três poderes. O deputado resumiu, em uma postagem nas redes sociais, o que chamou de “As perguntas cruciais”. Ele perguntou: “Bolsonaro pediu pra apoiar algum golpe? Bolsonaro pediu pra apoiar o dia 8? Lula pediu pra tirar o pessoal da frente do QG? STF ordenou pra tirar da frente do QG? PT, Psol, ou outro partido pediram na justiça pra sair da frente do QG? Havia armas para o “golpe”? O exército se envolveu no “golpe”?”.
Após as respostas do general, Abílio Brunini perguntou: “Então, fica a última pergunta. O senhor recebeu da Relatora as perguntas para o senhor responder aqui pra gente?”. O deputado resumiu: “Bom, então, não teve golpe, não é? Acho que o golpe está na CPMI aqui, né?”.
O deputado afirmou: “Eu só falo pra cada um dos generais que não estão lá pintando meio-fio que nem o pessoal está, falo pra cada um desses generais: do mesmo jeito que vocês viram as costas, mentem e enganam – eu não estou dizendo que é o caso do senhor –, mas que viram as costas, mentem e enganam pra sua própria tropa, também virarão as costas pra vocês. Do mesmo jeito que estão deixando violar os direitos dos militares, no caso do Braga Netto, do Cid, também vai chegar a hora de virarem as costas pro senhor, pra todos os outros generais que estão lá. Infelizmente, o tempo não perdoa a traição, principalmente daqueles que não honram a farda”.
Antes de encerrar sua fala, o deputado Abílio Brunini fez ainda um alerta ao presidente da CPMI sobre a credibilidade da Comissão, em especial após as evidências concretas da suspeição da relatora, e após a absoluta ausência de reação aos deboches do ministro de Lula, Flávio Dino. Brunini disse: “Esta Comissão está sendo ignorada por todos, Presidente. Ela está sendo ridicularizada por todos. A partir do momento em que a gente não tem uma medida dura sobre as imagens do Ministério da Justiça, a população começa a falar: "Qual é o critério?". E, aí, eu peço ao senhor: dê uma palavra dura quanto ao Ministro da Justiça, da mesma forma com que, na última sessão, o senhor deu – uma palavra dura – sobre o Ministro Kassio Nunes, naquela decisão que ele deu de que a pessoa não precisava vir; dê uma palavra dura em relação à Relatora, ainda que não vá mudar a Relatora. Mas há um questionamento: ela mandou as mesmas perguntas para os hackers, para o hacker que veio aí? Ela mandou a pergunta e pediu a resposta? Ela mandou a pergunta e pediu a resposta para os outros convidados ou aqueles convocados que estavam aqui? Ela vai agora continuar mandando a pergunta sem ser pelo WhatsApp, mas agora por papel? Ela vai fazer como? Ficou uma suspeição, Presidente”.
Com a “tomada” da CPMI pelo governo, a Comissão repete, inclusive com alguns dos mesmos personagens, a CPI da Pandemia, que ficou conhecida como “CPI do Circo”, que serviu principalmente para a perseguição política. Enquanto se recusou a investigar indícios de corrupção com os recursos enviados pelo governo federal para os estados e municípios, a CPI da Pandemia também não poupou esforços em humilhar pessoas e empresas que manifestaram apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, além de quebrar sigilos sem qualquer fundamentação, vazar dados sigilosos para a imprensa e ameaçar pessoas de prisão.
O procedimento é o mesmo observado em inquéritos conduzidos em cortes superiores: matérias da velha imprensa atribuem um “rótulo” ou “marca” a um grupo de pessoas, e isso é tido como suficiente para quebras de sigilos, interrogatórios, buscas e apreensões, prisões e confiscos. Após promover uma devassa nas pessoas e empresas, no que é conhecido como “fishing expedition”, os dados são vazados para a velha imprensa, que então promove um assassi* de reputações que dá causa a novas medidas abusivas. Conforme vários senadores já notaram, os procedimentos são, comumente, dirigidos aos veículos de imprensa independentes, em evidente tentativa de eliminar a concorrência, controlar a informação e manipular a população brasileira.
Em um inquérito administrativo no Tribunal Superior Eleitoral, seguindo esse tipo de procedimento, o ministro Luís Felipe Salomão ordenou o confisco da renda de diversas pessoas, sites e canais conservadores, inclusive a Folha Política. A decisão recebeu elogios dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin.
A decisão não discrimina os conteúdos e atinge a totalidade da renda dos sites, com o objetivo de levar ao fechamento dos veículos por impossibilidade de gerar renda. Há mais de 26 meses, todos os nossos rendimentos são retidos sem qualquer base legal.
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