Após algumas horas em que a senadora Eliziane Gama, relatora da CPMI que deveria investigar os atos do dia 8 de janeiro, e a base lulista na Comissão questionaram o jornalista Wellington Macedo sobre inúmeros fatos sem qualquer relação com o 8 de janeiro e sobre atos cometidos por outras pessoas, o deputado Pastor Marco Feliciano apontou que não foram mostrados indícios da participação do jornalista no dia 8 e ironizou: “o senhor é membro da Força Nacional? O senhor não é. Nós queríamos que estivesse sentado no seu lugar, aí, um membro da Força Nacional para que ele pudesse contribuir, de fato, com o que aconteceu nos atos do dia 8 de janeiro”.
O deputado explicou: “o senhor está aqui apenas por dois motivos, na verdade: o senhor criticou acidamente o STF - e no nosso país, o senhor pode criticar qualquer um, critica-se pastor, critica-se presidente da república, pode-se criticar qualquer um, pode-se criticar o presidente da CPMI, pode-se criticar qualquer deputado ou senador, mas não se pode criticar nenhum membro da Suprema Corte do nosso país, porque, infelizmente, eles são como se fossem uma casta superior, extremamente maior, exatamente porque há, no nosso pais, um desequilíbrio entre os poderes. Na ausência de homens de verdade que liderem o nosso país, outro poder acaba tomando conta, e por isso V. Sa. está sentado aí”.
O deputado afirmou: “desde o início, tenho dito que esta CPMI aqui não vai dar em nada, porque foi uma ação nossa, da oposição, mas, infelizmente, o governo, que não queria a CPMI, tomou ela de assalto. Então, isso aqui, tudo é narrativa”. Ele mencionou uma entrevista do presidente da Comissão, quando Maia disse que nada acontecerá, e comentou: “Então, isso aqui não é circo, porque eu tenho muito respeito ao pessoal circense. Isso aqui é pior do que isso. Isso aqui é missão dada ao governo, tanto à relatora quanto à tropa de choque que aqui está sentada”.
Feliciano ironizou as manifestações dos lulistas, apontando o ridículo de se mostrarem escandalizados com ações que sempre caracterizaram os atos da esquerda no Brasil. O deputado disse que os lulistas parecem ter uma “tara” pelo ex-presidente Jair Bolsonaro: “da relatora aos governistas, eles dormem pensando no presidente Bolsonaro, acordam pensando no presidente Bolsonaro, vão tomar banho pensando no presidente Bolsonaro, vêm para esta CPMI pensando no presidente Bolsonaro. O presidente Bolsonaro sequer estava aqui no dia 8 de janeiro, sequer deu algum tipo de palavra, comando ou ordem”.
Ele apontou: “para eles, Bolsonaro é uma dor de cabeça. Não basta deixar ele inelegível, eles querem trucidá-lo, querem destruir sua reputação, querem colocar ele na cadeia. Têm uma sanha por cadeia, têm uma sanha por violência, têm uma sanha … para humilhar pessoas, como estão fazendo aqui com o senhor Wellington, chamando ele de um monte de palavras, de palavrões para lhe provocar”. O deputado lembrou que os outros acusados declararam que não conhecem Wellington Macedo, mas a narrativa não se alterou.
Feliciano disse: “não sou juiz, não sou advogado. Eu sou um parlamentar, eu luto por justiça. O que me dói é saber que muitas pessoas inocentes estão presas até hoje, estão aí sofrendo por todo o Brasil”. Ele comparou as penas dadas pelo STF a cidadãos que entraram nos prédios às penas dadas a pessoas que cometeram crimes graves contra a vida: “17 anos de cadeia. Nem um ass*** truculento teve uma pena tão pesada dessa forma, e tudo em nome de “atos antidemocráticos”, frases bonitas copiadas de outros esquerdistas ao redor do mundo, que inclusive colocaram na cadeia outros presidentes”.
O deputado apontou que a relatora, senadora Eliziane Gama, sequer se dá ao trabalho de ouvir os depoimentos e debates: “senadora que nunca fica sentada aqui, fica ali pelo corredor”. Ele explicou o motivo: “simples: porque ela prevaricou aqui. Ela enviou seu assessor… não foi qualquer assessor, foi o chefe de gabinete. O chefe de gabinete é a sombra do parlamentar. Para falar com alguém. Quem sabe a conversa foi assim: ‘vá tranquilo, G. Dias, que você vai ter uma tropa de choque do governo para lhe defender, e a relatora nunca vai te indiciar’”.
Feliciano afirmou: “infelizmente, esta CPMI não vai dar ao Brasil aquilo que o Brasil precisa, mas já deu ao Brasil o tom: a narrativa do golpe já caiu por terra. As pessoas já sabem que não houve golpe nenhum”. Ele concluiu: “Isto aqui, de fato, é mera narrativa”.
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