Durante a sessão da CPI do Distrito Federal sobre os atos do dia 8 de janeiro, o deputado distrital Thiago Manzoni questionou a depoente Ana Priscila Azevedo, que está presa, apontada como uma suposta liderança daqueles atos. O deputado lembrou que ela se autointitulou como “patriota”, disse que o conceito indica uma pessoa que ama sua pátria e a ela presta serviço e apontou: “não vejo que serviço foi prestado”.
Ele disse: “eu tenho uma dificuldade muito grande para enxergar que serviço foi prestado por aqueles invasores. Eu não vejo isso como patriotismo”. O deputado acrescentou mais tarde: “o dia 8 de janeiro nada fez a não ser entregar mais poder ainda ao grupo que está no poder, o grupo da extrema-esquerda aqui no Brasil”.
O deputado, então, questionou outro conceito que Ana Priscila utilizou em seu depoimento, e apontou que conservadores não destroem as coisas. Ele disse: “a mentalidade da destruição é a mentalidade revolucionária, é a mentalidade da extrema-esquerda”. Manzoni acrescentou: “os conceitos das pessoas que foram lá e destruíram as coisas precisam ser revistos, porque aquilo não é conservadorismo, não é patriotismo”.
O deputado lamentou que os atos tenham sido associados a um espectro político e ao Cristianismo, e disse: “o dia 8 de janeiro foi uma sucessão de atos que não trouxeram nada de bom para o Brasil. Não trouxeram nada de bom para as pessoas que desceram até lá. Muitas delas não quebraram nada, e estão presas. Muitas delas ficaram longe da família meses a fio. As nossas instituições foram todas colocadas em xeque. A PMDF está em uma posição muito ruim. O GSI perdeu completamente sua credibilidade, a polícia legislativa, a polícia judiciária também caíram em descrédito perante a população. Nós já sabemos aqui de um monte de acontecimentos, como, por exemplo, a retirada dos barramentos dos gradis, que alguém naqueles prédios mandou tirar e a gente não sabe quem. Então, aquele dia 8 não trouxe nada de bom para o Brasil, absolutamente nada”.
O deputado explicou: “Esse dia 8 abre espaço para que valores corretos sejam atacados como se eles fossem errados. Por exemplo, falaram aqui do cartaz ‘Supremo é o povo’.
Numa democracia, supremo é o povo. Porque, numa democracia, o poder emana do povo que elege seus representantes. E, ao acontecer aquilo tudo, e haver lá pessoas com cartazes, este, que é um conceito correto, é hoje tratado de maneira pejorativa”.
Thiago Manzoni lembrou que a depoente confirmou alguns fatos que já foram revelados pela CPI, dando exemplos como: “a Força Nacional estava lá, na frente do MJ. Inerte estava e inerte permaneceu”. Ele disse: “lamentável que o ministro da Justiça tenha negado as imagens do MJ, porque a população nunca vai saber o que aconteceu. Tudo o que a população vai saber é que a FN estava lá e não foi utilizada”. Ele lembrou ainda que o acampamento estava desmobilizado e outras pessoas foram a Brasília e ocasionaram a destruição. Ele disse: “muitos crimes foram cometidos ali. Golpe, não”.
O deputado explicou a impossibilidade de que os atos de vandalismo sejam considerados uma tentativa de golpe, mostrando ainda um áudio do ministro de Lula, José Múcio, que confirmava a impossibilidade. Manzoni lembrou ainda: “as condutas têm que ser individualizadas. Quem cometeu crime deve responder pelos crimes que cometeu”.
Thiago Manzoni explicou que o próprio Supremo Tribunal Federal não viu crime de golpe de estado, nem outros crimes que são bradados pela extrema-esquerda, e acrescentou: “Esses esclarecimentos nós já temos. O grupo que desceu não era o mesmo grupo que estava lá, muito provável que tenha havido facilitação… eu só não consigo ver benefício no que aconteceu no dia 8 de janeiro”.
O deputado questionou as condições da prisão de Ana Priscila, e comentou o pedido que ela fazia ao se manifestar. Manzoni disse: “não é errado pretender ter mais transparência nas eleições de uma nação. Não é errado pretender que o voto seja auditável, como o ministro Flávio Dino disse, e o ministro Carlos Lupi gravou o vídeo e falou. É até natural, em uma democracia saudável. De forma que pedir transparência não é errado. A forma utilizada para tentar obter essa transparência, na minha opinião, foi muito errada”. Ele reiterou: “as pessoas que cometeram crime têm que receber a pena pelos crimes que cometeram”.
No contexto atual do Brasil, muitas pessoas estão sendo tratadas como sub-cidadãos, pelo simples motivo de terem manifestado apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Por expressarem suas opiniões, são alvo de CPIs, de inquéritos secretos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, ou são vítimas de medidas arbitrárias como prisões políticas, apreensão de bens, e exposição indevida de dados, entre outras. Para esses “sub-cidadãos”, não há direitos humanos, garantias fundamentais ou devido processo legal.
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