domingo, 24 de setembro de 2023

Embaixador Ernesto Araújo mostra ‘ausências’ no discurso de Lula na ONU e o que revelam: ‘confiança de que vão continuar transformando a humanidade em um rebanho’


O ex-ministro de Relações Exteriores, embaixador Ernesto Araújo, comentou, em seu programa Agenda 20:30,  a fala do ex-presidente Lula na Assembleia Geral da ONU, comparando o primeiro discurso deste terceiro mandato ao primeiro discurso de Bolsonaro, mostrando as mudanças na política externa do Brasil. 

Ernesto Araújo disse: “De que o Lula não falou? Não falou de liberdade. Não falou, em nenhum momento, daquilo que é, inclusive, fundamento da Carta das Nações Unidas, fundamento da Declaração Universal de Direitos Humanos. Falou de soberania, de maneira equivocada; e de liberdade, não falou de forma nenhuma. Liberdade deveria ser pedra angular de qualquer sistema internacional e, entretanto, não apareceu no discurso”.

O embaixador apontou: “essa ausência de soberania e de liberdade caracteriza que o mundo onde ele está vivendo é um mundo sem pólos, sem nações, sem culturas, sem religião, sem Deus, sem alma, sem liberdade. Esse é o mundo que ele está caracterizando, um mundo em que só existe a realidade das máfias, do crime, da corrupção, a pouca-vergonha, e o verniz das nações unidas, o verniz multilateral. Não existe, ou existe cada vez menos, povo de verdade, as nações de verdade, entre isso. As nações estão sendo esmagadas entre essa realidade da máfia que está tomando conta do mundo em várias dimensões, e do discurso, da narrativa multilateral, internacional, que ignora os problemas reais vividos pelas pessoas que estão aqui no meio, sujeitas a essas máfias”. Araújo acrescentou: “esses mecanismos multilaterais são cúmplices do crime, são cúmplices da máfia, são cúmplices do extermínio da liberdade, são cúmplices da opressão, da tirania, são cúmplices. E o Lula se locupleta nesse ambiente de cumplicidade”.

O ex-chanceler comparou o discurso de Lula com o primeiro discurso de Bolsonaro na ONU, em 2019, contrastando as declarações dos dois presidentes em seus primeiros discursos. Ele lembrou que Bolsonaro falou que havia, naquele momento, um novo Brasil, que escapou do socialismo. Araújo comparou com o discurso de Lula: “A gente vê que regrediu. O Brasil voltou atrás. Voltamos a um esquema de narco-socialismo corrupto, sancionado por esse discursinho diplomático multilateralista”.

Ernesto Araújo lembrou que o discurso de Bolsonaro mencionava verdade, família, liberdade, combate à corrupção, combate ao crime, liberdade de religião, liberdade de expressão, entre outros temas. Ele disse: “tudo isso foi destaque ali, e não foi destaque no discurso de Lula. (...) [Lula] não falou de família, não falou sobre a verdade, não falou sobre liberdade”.

O embaixador apontou: “[Lula] não falou de liberdade de religião nem de liberdade de expressão. Falou de liberdade de imprensa, que a gente sabe o que quer dizer: liberdade para a imprensa oficialmente controlada matar as fontes de informação alternativas. Para mim, aqui é pior do que não  falar de liberdade de expressão. No contexto do Brasil, falar em liberdade de imprensa é falar que só quem merece liberdade é a imprensa que o governo traz pelo cabresto, que é praticamente toda a grande imprensa”. 

Ernesto Araújo mostrou que, enquanto Bolsonaro falou em confiança no poder libertador da verdade, Lula falou em confiança na “humanidade”. O embaixador comentou: “Humanidade sem liberdade, sem verdade, é um rebanho. Acho que Lula, quando diz isso, ele tem confiança de que ele e seus aliados vão continuar transformando a humanidade em um rebanho. Para a humanidade ser digna de sua vocação, ela precisa de liberdade, porque a liberdade nos permite procurar a verdade. A verdade liberta e a liberdade nos encaminha para a busca da verdade. Isso é uma colocação filosófica bastante profunda que o presidente Bolsonaro colocou em seu discurso. O discurso de Lula não tem nenhum laivo de pensamento, de filosofia, de ideia. Só tem platitudes retrógradas”. 

Há mais de 10 anos, a Folha Política atua noticiando fatos, discursos, argumentos e denúncias que são obliteradas pela velha imprensa. Nosso veículo de imprensa dá voz às vozes conservadoras, ao anticomunismo, à defesa dos direitos fundamentais e da liberdade de expressão e de imprensa, além de trazer ao público os vídeos dos pronunciamentos de autoridades para que o público possa formar sua própria opinião sobre o que foi dito e não precise depender de relatos de terceiros. 

Quem controla a informação controla, em última instância, a realidade. Grupos monopolísticos e cartéis que se associam com o intuito de barrar informações contrárias ou inconvenientes atuam em conluio com a finalidade de aniquilar qualquer mídia independente, eliminando o contraditório e a possibilidade de um debate público amplo, honesto, abrangendo todos os feixes e singularidades dos mais diversos espectros políticos. Controlando as informações, o cartel midiático brasileiro tenta excluir do debate e, em última instância, da vida pública, os conservadores e os veículos que dão voz a essas pessoas. 

A renda da Folha Política está sendo confiscada a mando do ministro Luís Felipe Salomão, ex-corregedor do TSE, com respaldo e apoio de Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. A decisão confisca, de forma indiscriminada, todas as receitas advindas do Youtube, indicando claramente que a intenção não é a de excluir conteúdos específicos, mas sim de calar o canal e eliminar o jornal. Há mais de 26 meses, toda a nossa renda é retida, sem qualquer justificativa jurídica. O atual corregedor, Benedito Gonçalves, impôs novas restrições ao canal, a pedido da coligação de esquerda que disputou a eleição.

Se você apoia o trabalho da Folha Política e pode ajudar a evitar que o jornal seja fechado, doe por meio do PIX cujo QR Code está visível na tela ou por meio do código ajude@folhapolitica.org. Caso não utilize PIX, há a opção de transferência bancária para a conta da empresa Raposo Fernandes disponível na descrição deste vídeo e no comentário fixado no topo.

Há mais de 10 anos, a Folha Política vem mostrando a realidade da política brasileira e quebrando barreiras do monopólio da informação. Com a sua ajuda, poderá se manter firme e continuar a exercer o seu trabalho. PIX: ajude@folhapolitica.org

Toda a renda gerada pelo nosso jornal desde 1º de julho de 2021 está bloqueada por ordem do TSE. Ajude a Folha Política a continuar o seu trabalho. Doe por meio do PIX: ajude@folhapolitica.org  

Depósitos / Transferências (Conta Bancária): 

Banco Inter (077)

Agência: 0001

Conta: 10134774-0

Raposo Fernandes Marketing Digital LTDA (Administradora da Folha Política)

CNPJ 20.010.215/0001-09

-

Banco Itaú (341)

Agência: 1571

Conta: 10911-3

Raposo Fernandes Marketing Digital LTDA (Administradora da Folha Política)

CNPJ 20.010.215/0001-09


Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário :

Postar um comentário