O deputado federal General Girão denunciou, da tribuna da Câmara, as atitudes do ministro de Lula, Flávio Dino, alertando sobre as condutas dos membros do governo Lula em geral. O deputado relatou que foi abordado pelo ministro no aeroporto, quando o ministro lhe “recomendou” tomar cuidado e o tocou no peito, além de chamá-lo de “moleque” após o deputado reagir contra a agressão.
General Girão relatou o episódio e disse: “eu fico pensando no seguinte: o Ministro Dino está para ser indicado para o Supremo Tribunal Federal pelo Lula. Como é que podem indicar uma pessoa que é um ativista político desde criança? Desde adolescente ele sempre foi filiado a partidos de esquerda e ativista político. Ele se transformou em servidor da Justiça Federal, licenciou-se para cumprir um mandato eletivo. Moral da história: o Ministro Flávio Dino ainda não está indicado para o Supremo Tribunal Federal, é apenas Ministro da Justiça e Senador, eleito, infelizmente, pelo Estado do Maranhão. Bem, se ele ainda antes de ser indicado para o Supremo já tem esse arroubo de violência e autoridade, imaginem só quando esse cara for indicado para o Supremo Tribunal Federal!”.
Em outro discurso, General Girão demandou providências por parte da Câmara dos Deputados, conhecida pela absoluta ausência de defesa das prerrogativas de parlamentares conservadores. Ele disse: “Gostaria muito que os Deputados que defendem este Governo pudessem ter coragem também de irem cobrar desse Ministro uma postura de Ministro, porque o que ele fez foi ofender a figura do Parlamentar, ofender a figura de um Deputado Federal investido de um mandato em função dos votos recebidos”.
O deputado disse: “Ele chamou de moleque um Deputado Federal que não havia falado nada, havia somente feito um gesto com a cabeça. Esse pessoal desse desgoverno, estão se achando os donos do mundo. Para eles, tudo pode. Quanto a nós, temos que ficar calados. Então, Sr. Presidente Marcos Pereira, eu peço a sua atenção agora. Sr. Presidente, eu estou tirando agora o meu botton de Deputado Federal, cargo que eu ocupo há quase 5 anos. Se atitudes de um Deputado Federal, palavras de um Deputado Federal, nesta Casa, não valem de nada, eu devolvo esse botton aqui, agora. Eu entrego. Eu entrego esse botton, porque não podemos viver ameaçados, não podemos viver amedrontados. É o que nós estamos sentindo aqui, hoje. Nós estamos amedrontados. Não podemos falar, nem fazer gesto com a cabeça que o Ministro não trabalha direito, que o Ministro está fazendo pouco caso com a segurança pública do nosso País”.
General Girão alertou: “as ameaças a nossas falas, as ameaças a este Plenário da Câmara dos Deputados não estão parando. Ou nós reagimos ou, então, nós devemos todos entregar este bóton e pedirmos para ir embora. E fechem o Plenário da Câmara dos Deputados e, talvez, o do Senado também”.
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