terça-feira, 19 de setembro de 2023

Senador Marcos Rogério denuncia ‘contaminação’ do relatório da CPMI e ausência de ‘autoridade ética e moral’ da relatora


Durante sessão da CPMI que deveria investigar os atos do dia 8 de janeiro, o senador Marcos Rogério apontou que o relatório a ser apresentado pela relatora, senadora Eliziane Gama, não terá qualquer valor. O senador questionou: “qual a autoridade ética e moral de um relatório de quem assume uma posição de base de Governo na condição de relatoria, de quem manda chefe de gabinete se encontrar com testemunha-chave no âmbito de CPI, e de uma CPI que escolhe não ouvir o comandante da Força Nacional, com todas as informações e as evidências de que dispomos, sendo parte central nesse processo investigativo? Indago: qual o valor moral, qual o valor ético, qual a autoridade de um relatório produzido no âmbito dessas circunstâncias?”.

Marcos Rogério ironizou o comportamento dos lulistas na CPMI, apontando que reclamam de uma decisão do ministro André Mendonça que os desagrada, mas não reclamam de interferências quando o resultado lhes interessa. Ele comparou: “os governistas que aqui estão e lamentam e reclamam e brigam não fizeram a mesma coisa quando o Presidente da Câmara, Deputado Arthur Lira, num canetaço, impediu a vinda de Rui Costa à CPI do MST. E aí eu pergunto: dois pesos e duas medidas?”

Ao divulgar o vídeo, o senador disse: “Senador Marcos Rogério critica a parcialidade da relatora e diz que tudo caminha para a apresentação de um relatório contaminado, completamente parcial”. 

No contexto atual do Brasil, muitas pessoas estão sendo tratadas como sub-cidadãos, pelo simples motivo de terem manifestado apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Por expressarem suas opiniões, são alvo de CPIs, de inquéritos secretos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, ou são vítimas de medidas arbitrárias como prisões políticas, apreensão de bens, e exposição indevida de dados, entre outras. Para esses “sub-cidadãos”, não há direitos humanos, garantias fundamentais ou devido processo legal. 

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