Durante o depoimento do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional do governo Bolsonaro, à CPMI que deveria investigar os fatos do dia 8 de janeiro, o senador Sérgio Moro expôs o absurdo da convocação do general, que não tinha qualquer cargo no governo na época dos fatos.
Logo no início da CPMI, o senador alertou sobre novos fatos que foram revelados, que mostram que a Força Nacional também alertou sobre a possibilidade de invasões e depredações,e foi ignorada. Moro afirmou: “segue um padrão de obstrução das investigações por parte do Governo Lula e pelo Ministério da Justiça. Esse documento nunca foi informado a esta Comissão. Foram sonegadas informações reiteradamente pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública”.
Ao iniciar os questionamentos ao General, Moro repudiou as condutas dos parlamentares lulistas, que agrediram e achacaram o general Heleno, tratando de fatos ocorridos há décadas e ignorando os fatos do dia 8 de janeiro. Moro apontou que os ataques “refletem um sentimento deste Governo Lula que é de desacreditar as Forças Armadas”.
Nas perguntas ao General, Moro lembrou que, durante o governo Bolsonaro, quando ambos eram ministros, a Força Nacional foi utilizada para impedir invasões e depredações, o que ocorreu de forma efetiva. General Heleno comentou: “Não tem lógica existir uma Força Nacional e não ser utilizada nesses momentos onde ela é, talvez, a instituição mais capaz de rapidamente resolver o problema”.
Moro, então, explicou: “Há uma narrativa que é colocada para esta Comissão de que a Força Nacional de Segurança Pública não poderia ter atuado em 8 de janeiro se não tivesse sido solicitada a atuação pelo Governador do Distrito Federal”. Moro lembrou que, quando a Força Nacional foi utilizada no governo Bolsonaro, não se aguardou pedido nem autorização do governo do Distrito Federal, e o General confirmou: “não podíamos aguardar burocracias para que fossem tomadas [providências]. Elas precisavam ser tomadas pelo bem dos prédios e da própria população”.
O senador ironizou a convocação de Heleno, perguntando por que ele não acionou o Batalhão da Guarda Presidencial ou a Força Nacional de Segurança Pública no dia 8, ao que o general respondeu que não era mais ministro. Moro disse: “é uma pergunta retórica. Porque, na verdade, a quem nós temos que fazer esta pergunta, e não nos respondeu, foi o General Gonçalves Dias, que adulterou documentos enviados aqui ao Senado Federal, que, sabendo de alertas de inteligência da Abin de que ia ter invasão do Planalto, do Supremo e do Congresso, não solicitou a atuação do Batalhão da Guarda Presidencial. E aqui, de repente, nós estamos com o General Augusto Heleno, e até me chamou a atenção... (...). Mas esta CPMI não é a CPMI do 8 de janeiro? E aí a minha indagação -, qual é a responsabilidade do General Augusto Heleno em cima do dia 8 de janeiro? Não sei. Tem investigação correndo?”
Moro disse: “o fato é que não existe nenhuma prova ou evidência ou fato objetivo que relacione o General a esses incidentes de 8 de janeiro. Ao contrário: os ministros do GSI nomeados pelo Lula, Gonçalves Dias, e o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que poderiam acionar, respectivamente, o Batalhão da Guarda Presidencial e a Força Nacional de Segurança Pública, não agiram. Eles se omitiram. Esconderam relatórios de inteligência. Fraudaram relatórios de inteligência enviados ao Congresso Nacional. E, aí, nós ficamos em uma situação de certa perplexidade, porque chamamos aqui o General, que não foi responsável pela falta de acionamento do Batalhão da Guarda Presidencial dos dias anteriores”.
O senador ironizou a conduta das autoridades lulistas, comparando a situação a outras emergências. Moro perguntou: “Se o senhor vir alguém se afogando, General, o senhor pula na água pra salvar ou o senhor espera o Governador do Distrito Federal ligar pro senhor?”.
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas que apenas têm um discurso diferente do imposto pelo cartel midiático vêm sendo perseguidos, em especial pelo Judiciário. Além dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, também o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, criou seu próprio inquérito administrativo, e ordenou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como Bárbara, do canal Te Atualizei, e a Folha Política. Toda a receita de mais de 26 meses do nosso trabalho está bloqueada por ordem do TSE, com aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin.
Sem a possibilidade de receber a renda de seu trabalho, o jornal corre o risco de fechar. Se você apoia o trabalho da Folha Política e pode ajudar, use o QR Code para a empresa Raposo Fernandes, ou use o código ajude@folhapolitica.org. Caso prefira, há a opção de transferência bancária para a conta da empresa Raposo Fernandes disponível na descrição deste vídeo e no comentário fixado no topo.
Há mais de 10 anos, a Folha Política faz a cobertura da política brasileira, mostrando atos, pronunciamentos e eventos dos três poderes, quebrando a espiral do silêncio imposta pelo cartel de mídia que quer o monopólio da informação. Pix: ajude@folhapolitica.org
Nossa receita está bloqueada por ordem do TSE desde julho de 2021. Ajude a Folha Política a continuar o seu trabalho. Doe por meio do PIX: ajude@folhapolitica.org
Depósitos / Transferências (Conta Bancária):
Banco Inter (077)
Agência: 0001
Conta: 10134774-0
Raposo Fernandes Marketing Digital LTDA (Administradora da Folha Política)
CNPJ 20.010.215/0001-09
-
Banco Itaú (341)
Agência: 1571
Conta: 10911-3
Raposo Fernandes Marketing Digital LTDA (Administradora da Folha Política)
CNPJ 20.010.215/0001-09