Durante sessão da CPI do Distrito Federal que ouviu o ex-diretor da Abin Saulo Moura da Cunha, o deputado distrital Thiago Manzoni enfatizou a necessidade de responsabilizar as autoridades do governo Lula que se omitiram e permitiram os atos de depredação de prédios públicos no dia 8 de janeiro.
O deputado lembrou que, no início da CPI, em sua primeira participação, leu um ofício enviado pelo diretor da Polícia Federal ao ministro de Lula, Flávio Dino, e disse: “fico feliz que, depois de 8 meses, quase um parto, a gente está chegando onde tem que chegar. Não vai dar para esconder a participação, seja por omissão ou por ação, do governo federal no que aconteceu no dia 8. Só não vê quem não quer”.
Manzoni relembrou a cronologia dos acontecimentos e afirmou: “É uma vergonha que muitos não tenham a coragem de apontar o dedo para isso aqui e dizer: eles sabiam e nada fizeram, se omitiram dolosamente. Isso aqui é proposital”.
O deputado lembrou que a Polícia Militar do Distrito Federal não é responsável pela segurança dos prédios públicos, mas as forças responsáveis por esses prédios ainda não foram responsabilizadas. Ele lamentou as dificuldades criadas para a investigação e disse: “a gente vai terminar esta CPI sem saber quem facilitou a entrada daqueles vândalos no Congresso e no STF. Mas, no palácio do Planalto, a gente conseguiu”.
Thiago Manzoni explicou as responsabilidades do ministro Flávio Dino e do general G. Dias e mostrou o ridículo da CPI se recusar a ouvir o ministro de Lula e o chefe da Força Nacional. Ele lembrou: “Enquanto eles não são ouvidos, tem senhora sendo condenada a 17 anos de cadeia”. O deputado rebateu as narrativas de que todas as pessoas podem ser condenadas pelo crime de alguns e lembrou a necessidade de individualizar as condutas e promover um julgamento legal.
Manzoni disse: “enquanto essas pessoas estão sendo julgadas, o general G. Dias não está sendo julgado, não foi sequer indiciado. É uma vergonha para o Brasil fingir que nada aconteceu em relação ao ministro Flávio Dino e ao general G. Dias”. O deputado ironizou a tentativa de enganar a população e explicou a revolta dos brasileiros: “é óbvio! Olha esse relatório produzido pela senadora Eliziane. É lógico que vão chamar de pizza. Vai chamar de quê? Tem trechos que beiram a comédia”.
O deputado apontou que a CPI do Distrito Federal tem a oportunidade de não cometer os mesmos “erros” da CPMI: “tem que haver indiciamento, também, das autoridades que deveriam agir e não agiram”. Ele acrescentou: “a gente não pode parar na PM, não pode parar no G. Dias. A gente tem que chegar no ministro Flávio Dino”. O deputado lembrou que, durante os atos, o ministro chegou a usar uma rede social para dizer que estava no ministério, assistindo a tudo. Ele disse: “É demais para a minha cabeça. Um ministro ir a uma rede social, dizer que está vendo o que está acontecendo, e a Força Nacional não agir”. O deputado lembrou ainda que as imagens do ministério de Dino desapareceram e não há qualquer responsabilização. Manzoni disse: “que vergonha para o Estado brasileiro!”.
O deputado ironizou o fato da CPI tentar incriminar o ex-presidente Jair Bolsonaro todo o tempo, e lembrou: “trata-se de descobrir quem facilitou o cometimento do crime, porque o crime foi facilitado e isso está claro para todo mundo aqui. Agora, é impossível negar que o gen G Dias estava subordinado à presidência da República; é impossível não ver que o ministro Flávio Dino protegeu só o seu próprio prédio; que as imagens foram apagadas”. O deputado disse: “É uma pena que o ministro Dino tenha tanta disposição para esclarecer fatos como o chamamento do Monark, que usou um apelido, e tenha tão pouca disposição para esclarecer as câmeras de segurança, com as imagens do acontecimento que marcou o ano”.
Manzoni apontou que a CPI se aproxima do final, e que, graças ao trabalho de alguns deputados, os fatos vieram à tona. Ele disse: “E se os órgãos de imprensa não publicam, não tem problema. As redes sociais se encarregam de fazer esse trabalho, pelo menos por enquanto”, lembrando a censura crescente. Ele explicou: “é por isso que a senadora Eliziane é hostilizada. Porque o povo está vendo, e as pessoas, em geral, têm um senso de justiça”. Ele acrescentou: “o povo brasileiro acha injusto que senhorinhas levem quase 20 anos de cadeia e a gente tenha que tolerar que as imagens sumiram”. O deputado disse que o povo percebe que não é justo que o governador tenha ficado 60 dias afastado e o ministro Flávio Dino continue no cargo, e que não é justo que G. Dias não seja responsabilizado. Manzoni disse que, se não houvesse a investigação, a Abin teria levado a culpa, pois “o sistema se protege. E o brasileiro percebe isso”.
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