Durante a sessão da CPI do Distrito Federal sobre os atos do dia 8 de janeiro, que ouvia o depoimento do jornalista Wellington Macedo, o deputado distrital Thiago Manzoni expôs o viés das lideranças da Comissão, mostrando que há mudanças nos depoimentos sem qualquer consulta aos parlamentares que participam da comissão.
O deputado iniciou fazendo uma reclamação por não lhe ter sido concedido o tempo de titular, e afirmou: “o pedido para que eu falasse como titular foi indeferido, de maneira unilateral, pela presidência desta CPI. Isso não é democrático. Como não é democrático alterar, de maneira unilateral, a ordem das oitivas aqui nesta Comissão Parlamentar de Inquérito.(...) Ninguém foi ouvido. Nem o autor do requerimento. Isso não é democrático. E eu preciso ressaltar que a presidência da CPI pertence a um deputado do Partido dos Trabalhadores, que se autointitula a democracia brasileira. Porque a esquerda autoritária e anti cristã acha que incorpora a democracia e age dessa maneira”.
O deputado explicou por que o jornalista estava sendo ouvido no lugar do ex-diretor da Abin: “é preferível, para essa esquerda autoritária, que venha o senhor, porque, eles conseguem atrelar um possível at*** com a senadora Damares Alves e com o presidente Bolsonaro, para incriminar a direita, que é o que se pretende nesta CPI desde o início. Ela nasceu para incriminar a direita”.
Manzoni expôs a diferença de tratamento entre os parlamentares da direita e da extrema-esquerda e previu que o presidente apresentaria suas narrativas após as falas dos conservadores, o que de fato ocorreu. Ele ironizou: “consenso é o que eles dizem que é, e não o que a maioria vota”.
O deputado afirmou: “vou trazer o dr. Saulo Moura da Cunha para cá, apesar de ele não estar fisicamente. Ele não vem aqui, mas foi lá na CPMI do CN. E lá na CPMI do CN, ele falou que a Abin enviou 33 alertas ao general do Lula. General Gonçalves Dias. É uma implicação direta, a mesma implicação que foi feita pelo general Penteado, que incrimina o general do Lula por omissão. Mas é por isso que o Saulo Moura da Cunha não está aqui, porque ele traria respostas que deixariam a esquerda em uma posição desconfortável. Então a gente muda a ordem das oitivas e encerra a CPI sem ouvi-lo e sem ouvir o ministro Flávio Dino”.
Thiago Manzoni mostrou as estratégias utilizadas pela extrema-esquerda, para associar pessoas a Bolsonaro, e disse: “parece uma comédia pastelão, mas é uma investigação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito”. Ele lembrou que, enquanto a esquerda expõe suas narrativas, a direita é impedida de falar.
O deputado exemplificou, comparando o tratamento dado a Wellington com o impedimento de ouvir o fotógrafo da Reuters que parecia fazer um ensaio fotográfico no interior do palácio do Planalto. Manzoni disse: “o senhor é jornalista. O requerimento para ouvir o senhor aqui foi aprovado por unanimidade. Mas (…) para ouvir o fotógrafo da Reuters, quando esses requerimentos foram votados, a esquerda falou assim: “aqui nunca nós vamos criminalizar a imprensa. Jornalista aqui na CPI, não”. Com voz de autoridade, tom de voz de superioridade moral. E aí, tem jornalista aqui sendo taxado de militante… Dois pesos, duas medidas. Para eles, só vale o que eles querem. Eles não têm o menor compromisso com a verdade”. O deputado explicou: “A esquerda brasileira e mundial é autoritária, anti-cristã, e não tem o menor compromisso com a verdade. O menor. Por onde vão, mentem descaradamente, com a cara limpa, sem nem corar de vergonha”.
O deputado mostrou que o descompromisso com os fatos é tamanho que até mesmo as manifestações de 2021 estavam sendo incluídas nos questionamentos, para criar uma grande narrativa unificada que incrimine não apenas o ex-presidente Bolsonaro, mas toda a direita brasileira. Manzoni ironizou: “depois disso, vão ter que criminalizar o Senado Federal. Se um discurso foi considerado criminoso, imagina você votar PEC que limita os poderes dos ministros do Supremo”. O deputado resumiu: “é isso que a gente vive no Brasil hoje, é isso que a gente vê nesta CPI. Infelizmente”.
Nos últimos anos, milhões de pessoas foram às ruas, de forma ordeira, para pedir liberdade e respeito à Constituição, incluindo a liberdade de expressão, a liberdade de culto, a liberdade de ir e vir, entre outras. Essas manifestações pacíficas tornam-se alvo de inquéritos sigilosos, alimentados por “notícias” da velha imprensa, nos quais manifestantes e jornalistas que cobrem as manifestações são perseguidos, presos, censurados, e têm seus bens apreendidos.
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