Durante transmissão ao vivo, o embaixador Ernesto Araújo, ex-ministro de Relações Exteriores, explicou as perspectivas para a guerra declarada por Israel e o risco do conflito se estender e envolver outros países da região. O embaixador lembrou que a oportunidade criada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a paz no Oriente Médio, foi perdida no governo Biden.
O embaixador disse: “foi uma pena. Uma grande oportunidade perdida, aquele plano de paz. Agora estão aí, infelizmente, mostrando o que eles querem, a mando do Irã. O pessoal do Hamas. O que eles querem é matar gente, para que o pessoal de Israel vá lá e mate gente em resposta. E é exatamente o que vai acontecer em uma guerra. E aí vão dizer, ah, retaliação.. e é possível que a coisa cresça”.
Ernesto Araújo apresentou algumas possibilidades para explicar a gênese e as consequências do ataque a Israel, apontando: “possivelmente isso seja um pretexto para que o Irã, que tem gente que diz que já tem a bomba atômica, de repente instaure uma guerra total contra Israel. Temo que seja isso. Em um momento em que os Estado Unidos estão fracos, em retirada, dando mostras de fraqueza, e onde Rússia e China estão se sentindo fortes”. Ele apresentou ainda outras especulações, como a possibilidade de uma estratégia tripartite envolvendo Rússia, Irã e China, na condição de três frentes totalitárias, ou uma estratégia do Irã para criar um tipo de “guerra santa”.
O embaixador apresentou as reflexões de Victor Davis Hanson, comentarista americano de geopolítica e relações internacionais, que assinalou a importância da fraqueza atual dos EUA na escalada dos conflitos em toda a região. Ao mencionar o artigo, Ernesto Araújo lembrou que os blocos totalitários estão armando também países como a Venezuela e disse: “o Irã e o bloco totalitário veem, certamente, a América do Sul como parte de sua frente de combate, prioritária, contra o mundo livre. Se não, não estariam desviando parte de sua produção para dar para o Maduro. Então, é porque nós, na América Latina, somos considerados frente de batalha nisso aí”. Ele alertou: “E quem está batalhando? O crime organizado está invadindo todas as ruas, todas as praças do Brasil, o dia inteiro. E as nossas autoridades policiais, federais, judiciais, e legislativas não parecem estar muito preocupadas com isso”.
Ernesto Araújo explicou que Hanson prevê uma piora da situação: “Ele prevê uma escalada de conflito, um conflito desigual, mas que Israel não tem como não lutar, porque está em jogo a sobrevivência de Israel”. O embaixador apontou que Israel se assemelha à Ucrânia: “um dos últimos povos que está com armas na mão para defender sua sobrevivência diante das ameaças que se colocam. A Rússia, no caso da Ucrânia, e o Hamas, com o Irã por trás, no caso de Israel. E já deixaram claro que vão até o fim para defender sua existência, sua liberdade, seus valores, sua maneira de viver”.
Ernesto Araújo disse: “O ideal seria que não houvesse essas ameaças. Mas havendo, gostaria de sonhar que todos os povos tivessem a mesma disposição de israelenses e ucranianos, de ver o inimigo e enfrentá-lo, e não ficar fazendo nota dizendo ‘espero que todas as partes se abstenham do confronto’. Olha, nós somos uma das partes, o Brasil é parte vítima do confronto, também”. Ele alertou: “está no Brasil, sim. A ameaça está aqui. É a mesma. São os mesmos atores, em uma coordenação que tem cinquenta anos”.
As prisões políticas antes e depois do dia 8 de janeiro são alguns dos mais recentes sinais de que, no Brasil, os cidadãos não vivem em uma democracia. Para um grupo de pessoas e empresas, a tirania ganha contornos de implacável perseguição política e ideológica, e esse grupo “marcado” vem sendo perseguido, há muito tempo, com medidas arbitrárias, como prisões políticas, buscas e apreensões, censura, bloqueio de redes sociais e confiscos.
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