quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Deputado Marcel Van Hattem comemora soltura de alguns presos políticos de Moraes após pressão e explica: ‘só demonstra o quanto essas prisões são políticas’


O deputado federal Marcel Van Hattem relatou, de seu gabinete, que houve notícias sobre os presos políticos do ministro Alexandre de Moraes, nas últimas horas. Ele disse: “infelizmente depois da morte do Clezão, vários presos tiveram alvarás de soltura”. O deputado se referia à morte do preso político Cleriston Pereira da Cunha, que faleceu na prisão apesar de haver uma manifestação do Ministério Público por sua soltura, que não foi avaliada pelo ministro, como é a praxe com os pedidos das defesas. 

O deputado estava acompanhado das advogadas Gabriela Ritter e Carolina Siebra, da Associação dos Familiares e Vítimas do dia 8 de janeiro (ASFAV), que relataram que ainda há 4 pessoas que, além de presas ilegalmente, têm pareceres por sua soltura aguardando que o ministro Alexandre de Moraes se digne a avaliar. 

O deputado apontou que as solturas apenas após uma morte, como já ocorreu em outros momentos, mostra que as decisões não são jurídicas. Van Hattem disse: “isso só demonstra, mais uma vez, o quanto essas prisões são políticas”. O deputado elogiou a coragem do desembargador Sebastião Coelho, dos membros da ASFAV e dos familiares e amigos que participaram da manifestação, pedindo o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. 

Investigações seletivas e processos políticos estão comuns no País há vários anos. No Supremo Tribunal Federal, o ministro Alexandre de Moraes conduz inquéritos sigilosos contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um desses inquéritos, a sede da Folha Política foi invadida e todos os equipamentos do jornal foram apreendidos. Após a Polícia Federal atestar que não havia motivos para qualquer indiciamento, o inquérito foi arquivado a pedido do Ministério Público, mas o ministro abriu outro inquérito de ofício e compartilhou os dados do inquérito arquivado. Atualmente, a renda do jornal está sendo confiscada a mando do ministro Luís Felipe Salomão, ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, em atitude que foi elogiada pelos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Há mais de 28 meses, toda a renda de jornais, sites e canais conservadores está sendo retida, sem qualquer base legal. 

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