Durante a última oitiva de testemunhas na CPI do Distrito Federal que investiga os atos do dia 8 de janeiro, o deputado distrital Thiago Manzoni agradeceu à Polícia Militar do Distrito Federal e comparou o tratamento que esta recebeu da CPI e da CPMI com o tratamento dado às outras forças que tinham a obrigação de agir e nada fizeram.
O deputado lembrou que, pelas leis brasileiras, os membros da Força Nacional que estavam no ministério da Justiça tinham a obrigação de agir e não agiram, mas mesmo assim, nem o comandante da Força Nacional nem o ministro Flávio Dino foram ouvidos pela CPI.
Thiago Manzoni desmantelou a narrativa do governo de que o uso da Força Nacional poderia depender de uma autorização do governador do DF, lembrando que, além do dever legal, havia ainda uma portaria emitida pelo próprio ministro autorizando o uso da Força desde antes do dia 8. O deputado disse: “é batom na cueca. Não tem jeito. Assim como não tem jeito de tentar proteger o ministro Gonçalves Dias. É documental. Está documentado. Está no site do ministério da Justiça”.
O deputado explicou que, mesmo com os esforços para blindar o ministro da justiça de Lula, “era inevitável que se chegasse a ele. E chegou-se”. Manzoni apontou que o momento é ruim para o ministro, com as revelações de que a ‘dama do tráfico do Amazonas’ foi recebida, mais de uma vez, em seu ministério. O deputado disse: “as pessoas têm o direito de pensar que nós voltamos ao tempo dos diálogos cabulosos - nas palavras de um membro do PCC”. Ele ironizou a explicação de “intenção de diálogos construtivos” e perguntou: “o que se quer construir? É um narcoestado que se quer construir?”. Manzoni disse: “Eu não quero isso. Eu tenho certeza de que a população do Brasil não quer isso”.
O deputado Thiago Manzoni lembrou que o uso de bolas de gude e estilingues não serviria para dar um “golpe de estado”, mas dá indícios de quem poderiam ser as pessoas envolvidas na depredação. Ele lembrou matérias dos atos dos black blocs desde 2013, que mostravam que o uso desses artefatos é típico daquele grupo, que tem ligações com os partidos da extrema-esquerda. Ele questionou: “tinha ou não tinha infiltrados nessas manifestações? É batom na cueca”. O deputado acrescentou: “a tática de ficar jogando bola de gude na polícia com estilingue nunca foi da direita, que sempre fez manifestações pacíficas, como as de ontem. E haverá tantas outras, até que esse governo seja removido, de maneira democrática, novamente”.
O deputado resumiu: “no dia 8 tinha gente infiltrada, sim. Tinha gente de direita, também? Tinha. Estão pagando pelos crimes que cometeram. Alguns estão pagando também por crimes que não cometeram”.
Manzoni afirmou: “esta CPI está escancarando diante da população brasileira o que aconteceu no dia 8 de janeiro”. Ele disse desejar que o relator da CPI “tenha a coragem de fazer justiça no relatório dele”, e afirmou: “esta CPI tem a oportunidade de mandar um recado claro para o Brasil, de que nem todos os parlamentares são iguais, que nem todas as casas de leis passam pano para o governo do momento”.
O deputado disse: “está muito claro para a gente que G. Dias e Flávio Dino têm culpa”. Ele lamentou que já se saiba que Dino não será indiciado e disse: “mas que ele tem culpa, tem”. Manzoni acrescentou: “é injusto que a cúpula da PMDF esteja presa até hoje, sem receber salário; nesta hora, não há uma pessoa para falar de dignidade da pessoa humana”. Ele disse: “aqueles homens não merecem passar pelo que estão passando. Foram feridos em combate. Estão sem salário. Onde estão os deputados que tanto bradam de direitos humanos e dignidade da pessoa humana?”.
O direito à propriedade e o respeito à livre iniciativa têm sido relativizados no Brasil. Para uma “classe” de cidadãos, caracterizados pela velha imprensa como “bolsonaristas”, as garantias e direitos fundamentais estão suspensos. Em CPIs e em inquéritos conduzidos nas cortes superiores, cidadãos e empresas ficam sujeitos a quebras de sigilo, devassas, prisões políticas, buscas e apreensões, e confiscos. As investigações se originam de “relatórios”, “matérias” e “reportagens” produzidos pela concorrência, que são tomados como verdadeiros sem questionamento, assim como depoimentos de testemunhas suspeitas.
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