sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Jornalista Paulo Figueiredo compara horrores de Moraes aos da Segunda Guerra e afirma: ‘nós precisamos que o Brasil tenha consciência de que ele é uma ditadura’


O jornalista Paulo Figueiredo, atualmente exilado nos Estados Unidos, participou do evento Encontro Pela Liberdade, realizado na Crossbridge Church, nos Estados Unidos, e transmitido pelo Coronel Gerson Gomes, onde cumprimentou os advogados da Associação de Familiares e Vítimas do 8 de janeiro (ASFAV), que defendem os cidadãos que foram presos em massa a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O grupo foi aos Estados Unidos para levar mais de 100 denúncias de violações de direitos humanos à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Essas denúncias se somam a outras dezenas que já foram apresentadas àquela Corte e relatam os abusos cometidos pelo ministro ao longo de anos. 

Paulo Figueiredo lembrou que, na segunda Guerra Mundial, o comandante americano Eisenhower deu uma ordem para documentar os horrores encontrados nos campos de concentração, para que, no futuro, ninguém pudesse duvidar de que aquilo tivesse acontecido. O jornalista apontou que os documentos levados pelos advogados da ASFAV às cortes internacionais precisam ter essa mesma função. Figueiredo disse: “Quando eu vejo essas imagens, eu não posso deixar de me lembrar  da importância do registro histórico dessas coisas que foram feitas com compatriotas nossos, irmãos de pátria brasileiros, pessoas, em sua imensa maioria simples, boas. O sal da terra do Brasil”. 

O jornalista apontou: “nós estamos testemunhando coisas que eram absolutamente impensáveis cinco anos atrás”. Figueiredo lembrou os jornalistas perseguidos e exilados, deputados censurados e até presos, cidadãos presos em massa, e questionou como a sociedade pode assistir a isso sem se manifestar. Ele disse: “Eu acho que é uma questão central, porque realmente o silêncio das pessoas comuns é ensurdecedor. A distração das pessoas comuns é ensurdecedora”. Ele disse: “uma parte do nosso trabalho é, apesar das adversidades, registrar para a história o que está acontecendo, para que amanhã nenhum SOB venha dizer que isso não aconteceu. E conscientizar as pessoas que estão nesse silêncio ensurdecedor do que de fato está acontecendo. Nós não podemos parar de falar”. Figueiredo afirmou: “Antes de nós conseguirmos resolver e reverter a ditadura no Brasil, nós precisamos que o Brasil tenha consciência de que ele é uma ditadura”. 

Paulo Figueiredo citou a obra de Solzhenitsyn sobre os campos na Rússia  e apontou: “A coisa mais importante do Arquipélago Gulag é que o Solzhenitsyn disse que para uma sociedade se tornar tirânica não bastava um grupo tirânico, não bastava o Stálin, não bastava o Lênin. Era necessário que toda a sociedade estivesse corrupta, moralmente corrupta por dentro. (...) Dizia que era necessária toda uma teia de corrupção para que o regime se estabelecesse”.

O jornalista disse: “E quando a gente olha essas imagens que a gente viu aqui, pensem em quantas pessoas tiveram que ter a sua alma corrompida até o limite para que isso fosse possível”. Figueiredo lembrou que, embora seja fácil ver os atos do ministro Alexandre de Moraes, para que coisas como as prisões em massa aconteçam, é preciso que haja uma gama de pessoas dispostas a cumprir ordens ilegais e agir de forma tirânica. Ele disse: “claro, a gente pode começar pelo Alexandre de Moraes, mas o Alexandre de Moraes tem embaixo dele um delegado da Polícia Federal. Ao lado dele, ele tem os ministros junto nos seus gabinetes, há os assessores e juízes assistentes. Há juízes de custódia, há vários agentes penitenciários, há agentes da Polícia Federal, há membros da imprensa, há procuradores, membros do Ministério Público, até policiais, militares”. 

O jornalista questionou se há notícias de alguém que tenha se recusado a cumprir ordens manifestamente ilegais. Ele perguntou: “Quantos não foram necessários para que isso acontecesse?”. 

Paulo Figueiredo lembrou a passagem bíblica em que Abraão negocia com Deus para salvar homens justos em meio a uma sociedade corrompida, e apontou: “E eu digo que o Brasil tem nesse momento pelo menos 12 justos”, referindo-se aos 12 advogados que ali estavam para denunciar as violações de direitos no Brasil. O jornalista disse: “Eu acho que graças a esses 12 justos, o Brasil não vai ter o mesmo destino de Sodoma”.

O jornalista lembrou que os advogados, assim como a maioria dos presos, são cristãos e disse: “Quem vai salvar o Brasil vai ser a igreja. Não vão ser os homens, vai ser Deus”. Ele afirmou que a mudança só será possível se houver fé, e disse: “E o que significa ter fé? Significa que nós realmente colocamos isso como centro das nossas vidas. A verdade como centro das nossas vidas, a liberdade como centro das nossas vidas”.

Figueiredo concluiu: “E o que eu acho que nós precisamos neste momento é isso continuarmos construindo consciência, conscientizando a nação, conscientizando os nossos deputados, conscientizando os nossos senadores, conscientizando a nossa sociedade, alguns jornalistas, de que isso não é aceitável, isso não é tolerável. O Brasil é uma ditadura”.

A liberdade e a propriedade privada há muito tempo já não são mais direitos fundamentais garantidos no Brasil, em consequência do ativismo judicial de alguns membros do Judiciário. A renda da Folha Política e de outros sites e canais conservadores está sendo confiscada a mando do ministro Luís Felipe Salomão, ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, com o apoio e respaldo dos ministros do STF Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. O confisco da renda atinge todos os vídeos produzidos pelo jornal, independente de tema, data, ou qualquer outro fator. Há mais de 28 meses, toda a renda do nosso trabalho vem sendo retida, sem qualquer previsão legal.

Se você apoia o trabalho da Folha Política e pode nos ajudar a manter o jornal, doe qualquer valor à empresa Raposo Fernandes, utilizando o QR Code que está visível na tela, ou use o código Pix ajude@folhapolitica.org. Caso prefira, há a opção de transferência bancária para a conta da empresa Raposo Fernandes disponível na descrição deste vídeo e no comentário fixado no topo.

Com a sua ajuda, a Folha Política poderá se manter firme e continuar o seu trabalho. PIX: ajude@folhapolitica.org

Nossa receita está bloqueada por ordem do TSE desde julho de 2021. Ajude a Folha Política a continuar o seu trabalho. Doe por meio do PIX: ajude@folhapolitica.org
Depósitos / Transferências (Conta Bancária): 

Banco Inter (077)

Agência: 0001

Conta: 10134774-0

Raposo Fernandes Marketing Digital LTDA (Administradora da Folha Política)

CNPJ 20.010.215/0001-09

-

Banco Itaú (341)

Agência: 1571

Conta: 10911-3

Raposo Fernandes Marketing Digital LTDA (Administradora da Folha Política)

CNPJ 20.010.215/0001-09


Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário :

Postar um comentário