Durante sessão da CPI das ONGs, que ouvia a ministra Marina Silva, a deputada Silvia Waiãpi rebateu as narrativas da ministra e protestou contra a submissão forçada dos povos indígenas a imposições vindas de organizações internacionais. A deputada, que é indígena, relatou: “nós somos obrigados a respeitar a nossa ancestralidade. Sabem por quê? Porque nos foi negado o direito de ser igual a outra sociedade. Nos foi negado e nos é negado todos os dias”.
A deputada rebateu as piadinhas da ministra sobre quem seriam os verdadeiros nortistas, apontando que, ao estudar e usar tecnologias e materiais, não deixa de ser indígena. A deputada também rebateu as críticas da ministra à política de integração, lembrando: “Não zombe daqueles que tombaram para que este território fosse uma nação constituída”.
Silvia Waiãpi lembrou que a ministra vai representar o Brasil em uma conferência internacional e pediu: “conte para eles a verdade. A nossa verdade. Porque a sua verdade, hoje, não é igual à nossa, daqueles que vivem no Norte brasileiro”. Ela relatou as dificuldades para chegar à sua aldeia, e disse: “avise à Europa, a todos os países no mundo que eu faço cocô na água, porque eu não tenho saneamento, porque nos foi imputado que nós temos que manter a nossa cultura, enquanto a senhora vai ao banheiro”. A deputada explicou: “Lá na minha terra, nos povos waiãpi, nós somos obrigados a manter a nossa cultura. Nós fazemos cocô na água e eu espero que a senhora conte isso para eles. A verdade”. Ela relatou que as ONGs impedem os índios de promoverem qualquer mudança, apontando: “não podemos nem cavar um buraco no chão, senão a ONG sente o cheiro e vem nos comer. Ela quer que nós vivamos nos anos 1500”. Ela questionou: “condenar um povo a continuar em 1500 enquanto toda a sociedade avança, não seria nos manter alvo de uma nova colonização?”
A deputada disse: “somos do norte e queremos nos desenvolver”. Ela lembrou que os senadores com quem a ministra estava batendo boca são homens do Norte, que foram eleitos pelo povo do Norte, como a ministra um dia também foi. Silvia Waiãpi disse: “a senhora virou as costas para nós. A senhora nos abandonou em nome de uma política de preservação de uma natureza enquanto nós morremos de fome”.
Waiãpi afirmou: “eu duvido que a senhora não goste de água gelada, de um bom arroz, feijão. Mandioca, também. Hoje, no meu estado, nem isso nós podemos ter. Nem mandioca nós temos. Porque 70% do território do Amapá está bloqueado em reservas”. Ela acrescentou: “em nome dos interesses internacionais, o meu estado foi condenado”.
A deputada descreveu os impedimentos impostos aos povos do Norte e explicou: “foram ONGs que, recebendo dinheiro internacional, publicaram suas pesquisas impondo a fragmentação deste país e impondo sobre nós a responsabilidade de salvar o mundo perdendo a nossa própria dignidade”. Ela disse: “os povos do norte, da Amazônia brasileira, não devem mais continuar a pagar essa conta em nome de interesses internacionais. Que esta CPI das ONGs seja eternizada para que o povo brasileiro saiba o que realmente acontece na Amazônia que vocês dizem defender”. A deputada concluiu: “eu não posso condenar o povo do Norte em nome de interesses internacionais”.
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