segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Parlamentares e cidadãos se revoltam com doutrinação no ENEM e denunciam desinformação: ‘vergonhoso, gravíssimo’


Após o Exame Nacional do Ensino Médio, realizado no último domingo, trazer uma questão que apresentava desinformação sobre o agronegócio no cerrado brasileiro, houve intensa reação nas redes sociais e entre parlamentares para questionar o uso ideológico do exame que dá acesso ao ensino superior. 

A Frente Parlamentar da Agropecuária divulgou uma nota pública em que, além de contestar as questões e pedir sua anulação, anunciou ações, inclusive a convocação do ministro da Educação para que preste esclarecimentos. 

Ouça a nota da Frente Parlamentar da Agropecuária: 

“A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) aguarda posicionamento urgente do governo federal brasileiro sobre questões de cunho ideológico e sem critério científico ou acadêmico dispostas no Exame Nacional do Ensino Médio, prova de admissão à educação superior, aplicada pelo Ministério da Educação no último domingo (5).

O ENEM é um exame de avaliação do conhecimento. As perguntas são mal formuladas, de comprovação unicamente ideológica e permite que o aluno marque qualquer resposta, dependendo do seu ponto de vista. Anulação já!

1. Negacionismo científico contra um setor que, além de trazer a segurança alimentar ao Brasil e ao mundo, é massificação de mentiras. O setor agropecuário representa toda a diversidade da agricultura: pequenos, médios e grandes. Somos um só e não aceitaremos a divisão para estimular conflitos agrários;

2. É inacreditável o governo federal se utilizar de desinformação em prova aplicada para quase 4 milhões de alunos brasileiros que disputam uma vaga nas universidades do Brasil;

3. A anulação das questões é indiscutível, de acordo com literaturas científicas sobre a atividade agropecuária no Brasil e no mundo, em respeito à academia científica brasileira;

4. Este é o único país do globo em que o seu próprio governo federal propaga desinformação sobre a principal atividade econômica e de produção de riqueza, renda e empregos. A serviço dos brasileiros? Vincular crimes à atividade legal é informação?;

5. A ineficiência do Estado Brasileiro está exposta. A vinculação de crimes à atividade legais no Brasil é um critério de retórica política para encobrir a ausência do Estado no desenvolvimento de políticas públicas eficientes e de combate a ilegalidades. Não permitiremos que a desinformação seja propagada de forma criminosa entre nossa sociedade, como foi feito durante os anos anteriores do governo atual;

Ações:

a) Requerimento de convocação do Ministro da Educação, Camilo Santana, para audiências na Câmara dos Deputados e Senado Federal;

b) Requerimento de informação ao Ministério da Educação sobre a banca organizadora do ENEM 2023 e referências bibliográficas utilizadas para a construção do exame;

c) Anulação das questões 89, 70 e 71 do ENEM 2023.

Dados oficiais:

A cadeia produtiva no Brasil movimentou R$ 2,63 trilhões em 2023, cerca de 24,4% do Produto Interno Bruto (PIB) Nacional (CEPEA/CNA);

Superávit de emprego e renda para 28 milhões de brasileiros, apenas no 1º trimestre deste ano, representando cerca de 27% do total de empregos no país. (CEPEA/CNA);

Sustentabilidade brasileira: território nacional possui 66,3% de áreas preservadas e de proteção à vegetação nativa, desses, 33,2%, ou seja, a metade, estão nas propriedades privadas brasileiras. Área de propriedades rurais é de 30,2%. (EMBRAPA)”.

O senador Sergio Moro se manifestou: “Vergonhoso o Governo federal usar o ENEM para fazer doutrinação ideológica e ao mesmo tempo atacar o agronegócio”.

A deputada Bia Kicis disse: “Questão do ENEM critica o agro no cerrado, ignorando que as terras do cerrado eram inservíveis e nada valiam antes da revolução conduzida pelo ministro Alysson Paolinelli e pela EMBRAPA com Eliseu Alves, e hoje o cerrado é rico, fértil e próspero. Uma vergonha a utilização ideológica do ENEM ainda com desinformação”.

O presidente do Instituto Mises, Hélio Beltrão, publicou uma imagem da questão 89 e lamentou: “Os marxistas do Ministério da “Educação” não têm nem mais vergonha de doutrinar descaradamente”. 

O deputado Pedro Lupion, presidente da FPA, afirmou: “Inaceitável! O que vimos na prova do ENEM neste domingo é GRAVÍSSIMO! Aguardo manifestação URGENTE do governo federal, em especial do ministro da Educação, Camilo Santana, sobre a falta de honestidade intelectual e ativismo ideológico”.

O senador Flávio Bolsonaro afirmou: “Usar o Enem para doutrinar nossas crianças e para atacar um dos setores que mais sustenta o PIB é muito jogo sujo. O governo do amor está apostando com a vida dos nossos filhos enquanto promove o desmonte do Brasil”.

O procurador Marcelo Rocha Monteiro ironizou: “Capitalistas malvados do agronegócio impõem “a lógica do mercado” a seres “humanos e não humanos”, com “superexploração”, “violência simbólica” e “chuva de veneno”. O capitalismo “inviabiliza”a vida dos “camponeses”. É questão do ENEM deste ano, mas parece panfleto do PCdoB”.

A deputada Júlia Zanatta disse: 

“IDEOLOGIA NO ENEM 2023

O que era pra ser uma prova de conhecimentos gerais dos estudantes do ensino médio de todo o país foi novamente um show de horrores socialista…

Na prova do ENEM, o nosso agro, que sustenta o país, foi reduzido para os estudantes como um malvadão que promove “CHUVAS DE VENENO”, já Paulo Freire e seu modelo de educação fracassado viraram sinônimo de “esperança”.

A turma da revanche e do “ódio do bem” não consegue mais nem disfarçar e promove sua doutrinação ideológica sem a mínima vergonha. Culpam o capitalismo e o trabalho por todos os problemas da sociedade e vangloriam a vagabundagem. Não faltam exemplos absurdos do que vimos na prova deste domingo.

Em uma das questões, por exemplo, a diversão é mencionada como “o prolongamento do trabalho sob o capitalismo tardio", incutindo nos estudantes como verdade conceitos marxistas que apenas apresentam a visão de mundo frustrada de uma turma que vive no século passado. 

Infelizmente o ENEM sempre foi uma ferramenta muito bem pensada pela esquerda. Como se determina o conteúdo, conseguem conduzir ideologicamente o que é ensinado nas escolas, mesmo nas particulares. 

Essa centralização de acesso às universidades pelo ENEM é um processo em que pouco a pouco o Estado vai tomando conta de tudo e dita os conteúdos a serem ensinados. Provas como esse ENEM 2023 só reforçam a força dessa doutrinação”.

A advogada Carol Sponza disse: “O Enem ontem foi o show de horrores de sempre mas versão turbo. Teve vitimização das mulheres na redação, teve capitalismo malvadão. Mas o hit mesmo foi o agro. A tecnologia do campo é responsável por alimentar uma população cada vez maior com desmatamento cada vez menor. Mas o militante acha que não: bora viver de plantio rudimentar, que aumenta o preço dos alimentos e em escala acabaria com qualquer floresta, mas pelo menos é politicamente correto!”. 

O diretor do Instituto Liberal, João Luiz Mauad, afirmou: “Passei os olhos pela prova do ENEM. A impressão que fica é que, depois de 4 anos de crise de abstinência, os formuladores da prova resolveram soltar a franga. Nunca vi tanta desinformação e ideologização juntas…”. Ao mencionar a questão 89, ele disse: “Esta questão do ENEM é uma síntese da educação tupiniquim. Da doutrinação pesada que as escolas no país inteiro andam promovendo em cima dos nossos filhos e netos. Mais anticapitalista, impossível”.

O economista Eduardo Cavendish disse: “Quem viu as questões do Enem e espera um futuro melhor por aqui, trago más notícias. A doutrinação Marxista segue mais forte que nunca. Seguimos produzindo exércitos de pessoas incapazes de duelarem no palco global”.

A senadora Tereza Cristina disse: “Além de tentar mais uma vez vilanizar o agro, o governo Lula 3, em seu primeiro Enem, dá uma aula sobre como formular mal uma pergunta, sem rigor conceitual ou factual. Conteúdo claudicante, além de ideologizado. Lamentável. Um desserviço à educação”.

O deputado Mário Frias disse: “O ENEM deste ano demonstrou de forma clara o quanto as escolas e o sistema educacional do Brasil podem refletir certos viés ideológicos. Muitos questionavam a existência dessa doutrinação no ensino médio. O ENEM deste ano exaltou Paulo Freire, fez associações críticas entre o agro e 'chuvas de veneno', e lançou críticas ao capitalismo. Deixou de ser uma prova, o ENEM é uma doutrinação ideológica!”.

O presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, alertou: “O ENEM é só a ponta do iceberg. A esquerda aparelha a educação no país há décadas, das escolas primárias aos cursos de pedagogia. O objetivo é estimular nos jovens o "pensamento crítico" — para que falem as mesmas coisas, defendam a mesma ideologia, e votem no mesmo partido”.

O deputado Tenente-Coronel Zucco disse: “ABSURDO! Prova do ENEM incita ódio ao agronegócio! Vamos apresentar um requerimento de convocação dos ministros da Agricultura e Desenvolvimento Agrário. O uso da máquina pública para fins ideológicos precisa ser explicado e exige retratação”.

O deputado estadual Lucas Bove disse: “ataques ao nosso AGRO, mudanças climáticas, elogios ao Paulo Freire, questões do politicamente correto e muito mais fizeram do ENEM deste ano um verdadeiro show de horrores. Formulado pelo Governo Lula III, o nível de irresponsabilidade não poderia ser diferente”.

A economista Marina Helena afirmou: “O Enem do Lula. E do anticapitalismo… Mas, principalmente, da idiotização dos nossos jovens. Deseducação financiada pelos nossos impostos!”. 

O deputado estadual Rodrigo Lorenzoni se exaltou: “É absolutamente escandalosa e criminosa essa questão aplicada na prova do ENEM. A perseguição doentia e revanchista  de Lula e do PT ao agro e a quem produz no Brasil não tem limites. E para quem acha que não existe doutrinação ideológica  aí está mais uma prova irrefutável”.

O senador Luis Carlos Heinze disse: “Depois da conferência que demoniza o agro, agora temos a prova do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM. O uso ideológico da máquina é um fato que precisa ser explicado e exige retratação. Precisamos convocar o ministro da Educação”.

Sob a alegação de ‘desinformação’, cidadãos vêm sendo perseguidos há anos no Brasil. No Supremo Tribunal Federal, o ministro Alexandre de Moraes conduz inquéritos sigilosos contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um desses inquéritos, a sede da Folha Política foi invadida e todos os equipamentos do jornal foram apreendidos. Após a Polícia Federal atestar que não havia motivos para qualquer indiciamento, o inquérito foi arquivado a pedido do Ministério Público, mas o ministro abriu outro inquérito de ofício e compartilhou os dados do inquérito arquivado. Atualmente, a renda do jornal está sendo confiscada a mando do ministro Luís Felipe Salomão, ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, em atitude que foi elogiada pelos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Há mais de 28 meses, toda a renda de jornais, sites e canais conservadores está sendo retida, sem qualquer base legal. 

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