Da tribuna da Câmara, o deputado federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança alertou sobre a “reforma” tributária de Lula, explicando que o texto, que já saiu ruim da Câmara, foi piorado no Senado, além de já ter começado sobre premissas errôneas. O deputado explicou: “Ontem, o Senado aprovou o primeiro turno da reforma tributária, que já era um desastre, quando chegou lá, e saiu muito pior. Mas vamos entender um pouquinho o que aconteceu. Eles agora estão entendendo o modelo. Esse modelo IVA não é um modelo adequado para o Brasil”.
Luiz Philippe explicou que o tipo de imposto criado, o IVA, não é adequado para um país continental como o Brasil, com grandes disparidades entre regiões, e ficou ainda pior com as isenções que foram concedidas a setores com os lobistas mais poderosos. Ele disse: “Estão entre a cruz e a espada ou talvez entre a frigideira e o fogo. Essa que é a verdade. Se, de um lado, eles adotarem uma alíquota única para tudo, isso mata vários setores e vários subsetores da economia. Alíquota única suprime a economia do Brasil”.
O deputado apontou que a decisão sobre um tema tão importante para os brasileiros foi tomada com base em politicagem. Ele disse: “Já fizemos o trabalho errado de ter aprovado 142 páginas sem ter lido. Um descalabro aqui, um tapa na cara de qualquer bom Parlamentar! Vários Parlamentares aqui foram comprados, se venderam aos interesses do Governo. Assim que estão passando essas coisas tributárias. É no empurrão, é na compra aqui de 250 Parlamentares, que não serve para absolutamente nada”.
Luiz Philippe disse: “isso é uma bomba atômica no sistema econômico, é uma bomba atômica no sistema político. Toda a discussão política vai para essa nova autarquia central que vai cuidar de todos os impostos da federação. E ali que vão fazer fila, ali que vai estar a discussão do que é o certo e o que errado para o País. Não aqui no Parlamento. Então, isso também não foi discutido. Inacreditável, meus senhores. Espero que o Parlamento tenha essa consciência, que haja pressão social com os Parlamentares daqui, porque essa é a última chance que temos”.
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